Coronel da PM reafirma que Exército impediu o desmonte do acampamento de bolsonaristas — Rádio Senado
CPMI

Coronel da PM reafirma que Exército impediu o desmonte do acampamento de bolsonaristas

O ex-comandante do Departamento de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Jorge Naime, reafirmou que o Exército não permitiu a retirada de apoiadores do ex-presidente Bolsonaro do Quartel General no dia 29 de dezembro. Ele disse que o local era frequentado por pessoas que incitavam o golpe. Na avaliação dele, se a PMDF tivesse conseguido desocupar o QG, os ataques do 8 de Janeiro não teriam ocorrido. O coronel Jorge Naime pediu atenção dos parlamentares para relatórios da Agência Brasileira de Inteligência, que alertavam para o aumento da manifestação e para a invasão das sedes dos três Poderes às 10 horas da manhã do dia dos ataques. 

26/06/2023, 18h50 - ATUALIZADO EM 26/06/2023, 19h02
Duração de áudio: 01:23
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
CORONEL DA PM DO DISTRITO FEDERAL REAFIRMA QUE EXÉRCITO IMPEDIU O DESMONTE DO ACAMPAMENTO DE APOIADORES DE BOLSONARO NO QUATERL GENERAL. MILITAR DESTACA QUE ABIN INFORMOU NA MANHÃ DO DIA 8 DE JANEIRO SOBRE O AUMENTO DOS MANIFESTANTES E DA VIOLÊNCIA. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN Em depoimento à CPMI do 8 de Janeiro, o ex-comandante do Departamento de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Jorge Naime, reafirmou que o Exército não permitiu a retirada de apoiadores do ex-presidente Bolsonaro do Quartel General no dia 29 de dezembro apesar de uma reunião no dia anterior com autoridades das Forças Armadas. Citou que o local era frequentado por pessoas que incitavam o golpe. Na avaliação dele, se a PMDF tivesse conseguido desocupar o QG, os ataques do 8 de Janeiro não teriam ocorrido. O coronel Jorge Naime pediu atenção dos parlamentares para relatórios da Abin - Agência Brasileira de Inteligência, que alertavam para o aumento da manifestação e para a invasão das sedes dos três Poderes às 10  horas da manhã do dia dos ataques. Segundo ele, se iniciativas tivessem sido tomadas, a PM teria contido os manifestantes. Ele revelou que nenhum integrante do Departamento de Operações da PM estava no grupo do WhatsApp "Sisbin" que recebeu os alertas da Abin. Ao comentar os cinco meses de prisão acusado de omissão, o coronel declarou que deveriam responder pelos ataques os integrantes desse grupo, que nada fizeram com os informes de inteligência. 

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