Fome no Brasil é tema de ciclo de debates na CDH
A Comissão de Direitos Humanos fez a terceira audiência pública do ciclo de debates sobre a fome no Brasil. Os senadores ouviram pesquisadores do DataSenado e representantes do governo, que falaram dos números da fome no país e das medidas que estão sendo tomadas para enfrentá-la. O presidente da CDH, Paulo Paim (PT-RS), afirmou que é papel do Senado continuar a dar visibilidade para essas questões.
Transcrição
A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS FEZ A TERCEIRA AUDIÊNCIA PÚBLICA DO CICLO DE DEBATES SOBRE A FOME NO BRASIL.
SENADORES OUVIRAM PESQUISADORES E REPRESENTANTES DO GOVERNO. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO.
A Comissão de Direitos Humanos ouviu nesta segunda-feira representantes do governo e do DataSenado, órgão que acompanha, por meio de pesquisas, enquetes e análises, a opinião pública brasileira sobre o Senado Federal, a atuação parlamentar e temas em discussão no Congresso Nacional. O coordenador do DataSenado, Marcos Rubem de Oliveira, falou que a falta de números precisos, em parte por conta do atraso do censo em decorrência da pandemia, aumenta o desafio de entender a fome no País, a realidade de beneficiários de programas sociais e de moradores de rua.
A gente espera, a gente tem a expectativa que com a divulgação do Censo, em 2002, esses dados nos permitam entender um pouco mais e conhecer um pouco melhor a população essa população, né? Então, esses são alguns aspectos que mostram as lacunas de dados e por último, são informações que existem, que precisam ser recebidas, mas que muitas vezes não existem indicadores que que mostrem essa realidade, né?
A representante do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Gisele Bortolini, destacou que números do MDS mostram que a fome ataca principalmente negros, mulheres e áreas rurais, apesar de estudo da Rede Brasileira de Pesquisa em Segurança e Soberania Alimentar dizer que são as periferias das cidades as maiores vítimas.
Dos trinta e três milhões de brasileiros com insegurança alimentar nutricional grave em dois mil e vinte e dois, vinte e sete milhões deles estima-se que estão nos grandes centros urbanos. Então o maior número pessoas está nas grandes cidades, na periferia.
O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, afirmou que é papel do Senado continuar a dar visibilidade para essas questões.
A política de combate a fome um tema que vai estar sempre próximo de nós, próximo de nós que temos compromisso, né? Com as políticas humanitária. Sabemos que combate a fome ele, ele vem, mas tem que continuar. Sempre que quantos e quantos no brasil estão passando fome nesse momento.
Paim é o presidente da CDH e autor do requerimento sobre o ciclo de palestras sobre a fome no colegiado. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.