CPMI do 8 de Janeiro aprova convocação de ex-ministros de Bolsonaro — Rádio Senado
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CPMI do 8 de Janeiro aprova convocação de ex-ministros de Bolsonaro

Os integrantes da CPMI do 8 de Janeiro aprovaram a convocação de ex-ministros de Bolsonaro assim como o envio dos dados extraídos pela Polícia Federal do celular do ex-presidente da República. Os primeiros depoentes deverão ser o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o ex-ajudante de ordens, Mauro Cid. O senador Eduardo Girão (Novo-CE) criticou o fato de a base aliada não ter aprovado a vinda do ministro da Justiça, Flávio Dino, do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Gonçalves Dias e nem imagens do Ministério da Justiça e do Itamaraty. Mas a relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), explicou que Dino e G. Dias deverão ser ouvidos na segunda etapa das investigações.

13/06/2023, 17h09 - ATUALIZADO EM 13/06/2023, 17h29
Duração de áudio: 03:00
Foto: Pedro França/Agência Senado

Transcrição
INTEGRANTES DA CPMI APROVAM A CONVOCAÇÃO DE EX-MINISTROS DE BOLSONARO E SUPOSTOS FINANCIADORES DA INVASÃO À SEDE DOS TRÊS PODERES EM BRASÍLIA.   GOVERNISTAS CONSEGUEM REJEITAR A VINDA DO ATUAL MINISTRO DA JUSTIÇA E DO EX-MINISTRO DO GABINENTE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. Entre os requerimentos de convocação aprovados pela CPMI do 8 de Janeiro estão os de ex-ministros de Bolsonaro: Anderson Torres da Justiça; general Augusto Heleno do Gabinete de Segurança Institucional; Braga Netto da Casa Civil, e o ex-ajudante de ordens, tenente coronel Mauro Cid. Também serão ouvidos integrantes da então cúpula da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, incluindo o ex-comandante de Operações da PMDF, Jorge Naime; assim como supostos financiadores da invasão à sede dos três Poderes em Brasília. Os integrantes da CPMI terão acesso aos dados do celular de Bolsonaro e Mauro Cid, que foram extraídos pela Polícia Federal. Por outro lado, deputados e senadores da base aliada rejeitaram o convite para o ministro da Justiça, Flávio Dino, falar à CPMI, a convocação do ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Gonçalves Dias e do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência, Saulo da Cunha; além dos pedidos da oposição para acesso às imagens dos Ministérios da Justiça e do Itamaraty, detalhes da viagem do presidente Lula a Araraquara, São Paulo, no dia dos ataques, e os planos de segurança. O senador Eduardo Girão, do Novo do Ceará, acusou os governistas de blindagem. Nós da oposição queríamos que fosse tanto o pessoal do governo Bolsonaro como do governo Lula para ver efetivamente eventuais omissões, como o relatório da Abin, que foi vazado e mostrou que o governo Lula sabia que o objetivo era destruir o patrimônio público. Mas só estão querendo olhar um lado, ou seja, é uma investigação seletiva, só o que interessa ao governo. Ao negar blindagem, a relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama, do PSD do Maranhão, explicou que o general Gonçalves Dias será ouvido na segunda etapa dos trabalhos. Temos uma lógica e uma organização cronológica. No Plano de Trabalho eu cito o G. Dias e outras personalidades que julgo serem importantes. Talvez não agora nesta primeira rodada, mas ouviremos. Temos seis meses de trabalho, são 180 dias, e seguiremos este alinhamento. Alguém que eventualmente não foi aprovado nesta primeira rodada será numa segunda rodada. Tenho a certeza de que todos serão ouvidos de fato por esta comissão. Os integrantes da CPMI aprovaram ainda pedidos de compartilhamento de informações com o Supremo Tribunal Federal, Procuradoria Geral da República, Abin, Ministério Público, Justiça Federal, Departamento de Polícia Federal, Polícias Civil e Militar do DF, CPI da Câmara Legislativa do Distrito Federal, entre outros. Os primeiros depoimentos estão previstos para ocorrer na terça-feira dia 20. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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