Documentarista Eduardo Coutinho faria 90 anos em 11 de maio

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LOC: EDUARDO COUTINHO, UM DOS MAIORES DOCUMENTARISTAS DO BRASIL, COMPLETARIA 90 ANOS NO DIA 11 DE MAIO. LOC: COUTINHO FICOU CONHECIDO POR RETRATAR EM SEUS FILMES TEMÁTICAS SOCIAIS CONTADAS POR MEIO DAS HISTÓRIAS DE PESSOAS CONSIDERADAS "INVISÍVEIS". REPÓRTER CAROL TEIXEIRA. Eduardo Coutinho nasceu em São Paulo, no ano de 1933. E teve seu primeiro contato com o cinema, em 1954, aos 21 anos. Em 1957 ganhou um concurso de televisão, respondendo a perguntas sobre Charles Chaplin e com o dinheiro do prêmio, foi à França, estudar direção e montagem no IDHEC, Instituto de Altos Estudos Cinematográficos, onde fez os seus primeiros documentários. Voltou ao Brasil em 1960 e começou a trabalhar em filmes para retratar a realidade brasileira com outro olhar. Seu trabalho era conhecido pela sensibilidade e pela capacidade de ouvir o outro, registrando sem as emoções e aspirações de pessoas comuns. Coutinho tinha um jeito próprio para conduzir suas obras e isso fazia diferença na forma como as cenas eram retratadas. Em seu falecimento, em fevereiro de 2014, o ex-senador Eduardo Suplicy ressaltou a trajetória percorrida por Coutinho para tornar o documentário importante no país. Coutinho começou a trabalhar no projeto de ficção baseado em fatos reais, reconstituindo o assassinato do líder das Ligas Camponesas, João Pedro Teixeira, a ser interpretado pelos próprios camponeses do Engenho Cananeia, no interior de Pernambuco. Coutinho começou a carreira na ficção, mas descobriu o documentário durante passagem pelo programa "Globo Repórter", da TV Globo, nos anos 70. Durante carreira de mais de quatro décadas, ajudou a transformar o documentário no gênero cinematográfico mais forte do Brasil. Coutinho é considerado um dos maiores documentaristas do Brasil, e foi ganhador do Kikito de Cristal, principal premiação do cinema nacional, pelo conjunto da obra. Entre seus principais filmes estão "Edifício Master", "Jogo de cena", "Babilônia 2000" e "Cabra Marcado para Morrer". O cineasta morreu aos 80 anos, no Rio de Janeiro, vítima de várias facadas por seu próprio filho, que passava por transtornos mentais. Na mesma época de sua morte, o cineasta trabalhava em um documentário sobre alunos da rede pública de ensino do Rio de Janeiro e a obra acabou sendo finalizada por João Moreira Salles e lançada com o título "Últimas Conversas". Sob a supervisão de Rodrigo Resende, da Rádio Senado, Carol Teixeira.