Comissão derruba penas alternativas para agressores de mulheres — Rádio Senado
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Comissão derruba penas alternativas para agressores de mulheres

A Comissão de Constituição e Justiça aprovou o projeto de lei (PL 2757/2019) da senadora Zenaide Maia (PSD-RN) que impede a substituição da cadeia por penas alternativas para agressores de mulheres. A relatora, Eliziane Gama (PSD-MA), disse que o número crescente de feminicídios mostra que a proposta é conveniente e oportuna. Se não houver pedido para nova votação no Plenário do Senado, proposta segue para a análise da Câmara dos Deputados.

26/04/2023, 16h41 - ATUALIZADO EM 26/04/2023, 16h42
Duração de áudio: 01:32
pcdf.df.gov.br

Transcrição
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA APROVOU PROJETO DE LEI QUE IMPEDE A SUBSTITUIÇÃO DA CADEIA POR PENAS ALTERNATIVAS PARA AGRESSORES DE MULHERES. SE NÃO HOUVER PEDIDO PARA NOVA VOTAÇÃO NO PLENÁRIO DO SENADO, PROPOSTA SEGUE PARA A ANÁLISE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. O projeto de lei da senadora Zenaide Maia, do PSD do Rio Grande do Norte, veda, expressamente, a aplicação, aos crimes cometidos com violência real ou grave ameaça contra a mulher, de penas restritivas de direito, como limitação de fim de semana e prestação de serviço comunitário.  Substituir a prisão por distribuição de cestas básicas, pagamento de multa ou outra pena mais leve equivale a impunidade dos agressores. Muitas mulheres não denunciam casos de violência porque acham que não vai dar em nada. Esse projeto ajuda a combater a impunidade nos crimes contra a mulher. Houve violência, ou grave ameaça, então a pena é a prisão Para a relatora, Eliziane Gama, do PSD do Maranhão, o número crescente de episódios de violência contra a mulher mostra que a proposta é conveniente e oportuna. O homem que agride mulher não pode ter uma forma alternativa de pagamento da sua pena. Tem que haver, de fato, a restrição da sua liberdade, porque entendemos que é o único mecanismo para coibir a proliferação e a perpetuação da violência contra a mulher no nosso país. Segundo o Conselho Nacional de Justiça, houve um crescimento de quase 45% no número de casos novos de violência doméstica entre os anos de 2016 a 2021. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.

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