Senadores discutem adiamento do Novo Ensino Médio
Os senadores da Comissão de Educação discutiram a prorrogação da implementação no Novo Ensino Médio e a alteração do formato do Enem, prevista para 2024. Para a senadora Tereza Leitão (PT-PE), a ideia é apenas organizar o modelo para não prejudicar os estudantes que depedem do Enem. Já o senador Espiridião Amin (PP-SC), discorda. Para ele, se os prazos forem alterados, a lei vai perder o propósito de atualizar o ensino médio brasileiro.

Transcrição
OS SENADORES DA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DISCUTIRAM A PRORROGAÇÃO DA IMPLEMENTAÇÃO NO NOVO ENSINO MÉDIO E A ALTERAÇÃO DO FORMATO DO ENEM.
AS MUDANÇAS ESTÃO PREVISTAS PARA ENTRAR EM VIGOR EM 2024. REPÓRTER LUIZ FELIPE LIAZIBRA.
Repercutiu entre os senadores da Comissão de Educação o adiamento da implementação no Novo Ensino Médio e as mudanças no formato do ENEM, que estavam previstas para 2024. O Ministério da Educação estuda a prorrogação, por meio de portaria, para atender a uma demanda de educadores e estudantes, que consideram o modelo ineficaz. Para o senador Espiridião Amin, do Progressitas de Santa Catarina, alterar os prazos tira o objeto da lei:
"O Governo suspender uma coisa crucial para o país - crucial - que é o novo ensino médio. O que nós podemos fazer para preservar algo que nós aprovamos - nós, Congresso - e debatemos bastante. E isso nos foi apresentado e nós aprovamos como sendo algo muito importante para a educação brasileira para nos atualizarmos em termos do ensino médio."
A senadora Tereza Leitão, do PT de Pernambuco, esclareceu que a posição do MEC não é pela revogação da Lei, até porque essa é uma competência do Congresso Nacional:
"Só quero colocar que a intenção do MEC com esta medida não é revogar, ninguém pode revogar uma uma lei sem passar pelo Senado. É uma medida meramente organizativa do debate. Porque isso tem a ver com o conteúdo do ENEM. Nós não podemos prejudicar os estudantes por conta dessa implementação que não está uniforme no Brasil inteiro."
A Lei que alterou o ensino médio foi aprovada em 2017, no mandato do ex-presidente Michel Temer, e estabalece uma nova organização curricular. Pelo cronograma, o tempo mínimo do estudante na escola passa de 800 horas para 1.000 horas anuais, sendo uma parte desse tempo escolhida pelos estudantes de acordo com suas preferências. Sob a supervisão de Maurício de Santi, da Rádio Senado, Luiz Felipe Liazibra.