Líder do governo rebate críticas sobre decisão de reonerar os combustíveis — Rádio Senado
Impostos

Líder do governo rebate críticas sobre decisão de reonerar os combustíveis

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede –AP), rebateu as críticas sobre a decisão da equipe econômica de retomar de forma gradual a cobrança do PIS e da Cofins sobre a gasolina e o etanol. Segundo ele, o ex-presidente Bolsonaro optou pela desoneração de olho na reeleição sem pensar no impacto na arrecadação. O líder do PL, senador Carlos Portinho (RJ), alertou para o aumento da inflação com a reoneração dos combustíveis.

01/03/2023, 11h56 - ATUALIZADO EM 01/03/2023, 12h09
Duração de áudio: 02:34
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Transcrição
LÍDER DO GOVERNO JUSTIFICA A DECISÃO DA EQUIPE ECONÔMICA DE RETOMAR PARCIALMENTE A COBRANÇA DE IMPOSTOS SOBRE A GASOLINA E ETANOL. OPOSIÇÃO ALERTA PARA O AUMENTO DA INFLAÇÃO E CRITICA A TAXAÇÃO DA EXPORTAÇÃO DO PETRÓLEO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. A equipe econômica decidiu retomar a cobrança do PIS e da Cofins de forma gradual sobre a gasolina e o etanol. Mas para minimizar o impacto no bolso do consumidor, a Petrobras reduziu o preço nas refinarias. Pelas contas do governo, o motorista deverá pagar até R$ 0,34 pelo litro da gasolina e R$ 0,02 do etanol. Sem a retomada gradual de 75% dos impostos sobre a gasolina e de 21% do etanol, o aumento seria de R$ 0,69 e de R$ 0,2, respectivamente. O líder do governo, senador Randolfe Rodrigues, da Rede do Amapá, lembrou que o presidente Lula ainda prorrogou por dois meses a isenção de impostos, que, segundo ele, foi feita de maneira eleitoreira pelo ex-presidente Bolsonaro. O que foi criado no passado só tinha um objetivo: tentar a reeleição do presidente “sainte”. Era este o objetivo desta desoneração. Não era um programa sustentado, não era um programa para atender aos brasileiros. O discurso nesse momento da oposição é no mínimo de hipócrita porque a desoneração deles tinha data para acabar. A redução sustentável dos preços dos combustíveis está sendo feito por nós pelo governo do presidente Lula. O líder do PL, senador Carlos Portinho, do Rio de Janeiro, afirmou que a desoneração foi uma resposta do ex-presidente Bolsonaro por ocasião da guerra da Rússia contra a Ucrânia e para conter a inflação. E ao citar um aumento da arrecadação mesmo com a redução de impostos, Carlos Portinho alertou para o aumento dos preços em geral.    O governo Lula vem com essa reoneração que a gente já vê na bomba. Hoje o litro da gasolina que antes estava cerca de R$ 5 já chega a R$ 5,60 e, provavelmente, mesmo com a redução de 3% do valor nas refinarias, isso a gente sabe que esse repasse, não chega integralmente ao consumidor. Então, o consumidor pode se preparar para perder o seu poder de compra e gastar mais com combustível e com riscos para nossa inflação. Por outro lado, a equipe econômica manteve a isenção de impostos sobre o gás de cozinha e o diesel até o final do ano. E ainda decidiu taxar as empresas que exportam petróleo bruto, incluindo a Petrobras, o que vai representar uma arrecadação de R$ 6,7 bilhões. Da Rádio Senado, Hérica Christian

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