Senadores querem priorizar PEC de reforma tributária que simplifica ICMS e ISS — Rádio Senado
Agenda 2023

Senadores querem priorizar PEC de reforma tributária que simplifica ICMS e ISS

O senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) apresentou, junto com outros 36 senadores, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC 46/2022) de reforma tributária para simplificar a cobrança dos impostos sobre o consumo. Com a proposta, espera-se unificar as leis estaduais, municipais e do Distrito Federal que regulam o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços (ICMS) e o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), a fim de beneficiar o setor produtivo e os cidadãos. Já tramitam no Congresso Nacional outras duas propostas (PEC 45/2019 e PEC 110/2019). 

30/01/2023, 16h34 - ATUALIZADO EM 30/01/2023, 16h35
Duração de áudio: 03:27
Waldemir Barreto/Agência Senado

Transcrição
SENADORES QUEREM PRIORIZAR NOVA PEC DE REFORMA TRIBUTÁRIA QUE SIMPLIFICA ICMS E ISS JÁ ESTÃO EM ANÁLISE PELO CONGRESSO OUTRAS DUAS PROPOSTAS, MAS DE ACORDO COM O SENADOR ORIOVISTO GUIMARÃES, ELAS REPRESENTAM RISCO A DETERMINADAS ATIVIDADES ECONÔMICAS. REPÓRTER BIANCA MINGOTE. O senador Oriovisto Guimarães, do Podemos do Paraná, apresentou junto com outros 36 senadores, uma Proposta de Emenda à Constituição de reforma tributária para simplificar a cobrança dos impostos sobre o consumo. Com a proposta, o senador espera unificar as leis estaduais, municipais e do Distrito Federal que regulam o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços, conhecido como ICMS, e o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, o ISS. A ideia é beneficiar tanto os cidadãos, quanto o setor produtivo. Segundo o texto, as 27 legislações estaduais e do DF que tratam do ICMS e as leis municipais sobre ISS seriam substituídas por apenas duas, ou seja, uma para cada imposto e com abrangência nacional. Para isso, a PEC prevê a edição de duas leis complementares, de competência da União, para estabelecer normas gerais de direito tributário. A proposta não altera a carga tributária nem prevê a geração de novas despesas para o Tesouro Nacional, que não participará da gestão da mudança de padrão  do ICMS e do ISS. Esta PEC, como as outras que tratam de reforma tributária, também estabelece a cobrança desses impostos no local de destino do consumo, com o argumento de que a demanda de serviços públicos se dá no local onde o consumidor está, e o valor dos impostos ficará sempre explícito em cada produto. De acordo com Oriovisto, a partir das mudanças, a expectativa é beneficiar as empresas com a redução de custos com gerenciamento tributário, e os consumidores terão maior clareza sobre o valor dos impostos em cada operação. Já tramitam no Congresso outras duas propostas, na Câmara a PEC 45 de 2019 e no Senado a PEC 110 de 2019. Segundo o senador Oriovisto Guimarães, essas propostas representam risco a determinadas atividades econômicas, por exemplo, ao setor de serviços. Ele defende ainda a simplificação tributária, que seja de fácil entendimento aos cidadãos e que não aumente os tributos.  A PEC cento e dez não resolve os problemas tributários do Brasil e cria outros. Arrasa com o setor de serviços. As associações profissionais, prefeituras, frente nacional dos municípios, está todo mundo contra, porque é criar mais confusão e não resolver os problemas que temos. A reforma tributária que tem que ser feita no Brasil é muito simples. Nós temos vinte e sete legislações de ICMS, que já é um IVA. Só que são todas diferentes. O que o Brasil precisa fazer é fazer uma legislação única para o ICMS. Se você fizer isso, acaba o inferno tributário. E tem que ser uma coisa que todo mundo entenda. E tem que ser alguma coisa que você tenha certeza que não vai aumentar a carga tributária. A PEC cento e dez é confusa e aumenta a carga tributária. Tudo o que for pra simplificar é válido. É importante Para o senador Oriovisto, a reforma tributária é um dos grandes desafios que o Congresso precisa enfrentar e há consenso de que algo precisa ser feito. Ele destacou ainda que ministros sinalizam a aprovação de uma reforma tributária ainda no primeiro semestre de 2023. Segundo  Oriovisto,  o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já tinha manifestado antes da posse o interesse em pautar o debate sobre a reforma.  Sob a supervisão de Maurício de Santi, da Rádio Senado, Bianca Mingote.

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