Situação de presos em Brasília é alvo de críticas por parte de senadores — Rádio Senado
Ataques à democracia

Situação de presos em Brasília é alvo de críticas por parte de senadores

Os senadores Plínio Valério (PSDB-AM), Eduardo Girão (PODE-CE) e Styvenson Valentim (PODE-RN) assinaram requerimento pedindo informações ao Ministro da Justiça, Flávio Dino, sobre as condições em que os presos após a invasão na praça dos Três Poderes estão sendo mantidos. Eles solicitam relato formal da situação das pessoas detidas no ginásio da Academia Nacional de Polícia Federal, em Brasília, e consideram ilegítima a prisão de manifestantes acampados na área do Quartel General do Exército.

11/01/2023, 18h08 - ATUALIZADO EM 11/01/2023, 18h08
Duração de áudio: 04:00
Reprodução / Redes Sociais

Transcrição
A CONDIÇÃO DE CENTENAS DE PESSOAS DETIDAS EM BRASÍLIA APÓS A INVASÃO DA PRAÇA DOS TRÊS PODERES FOI QUESTIONADA POR ALGUNS SENADORES. ELES PEDEM UM DOCUMENTO FORMAL DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA SOBRE SITUAÇÃO DE CADA UMA. MAIS DE MIL VÃO RESPONDER POR ATENTADO CONTRA A DEMOCRACIA E TERRORISMO. A REPÓRTER MARCELLA CUNHA TEM OS DETALHES. Parte dos senadores que votou contra o decreto de intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal questiona a situação das pessoas detidas após a invasão da Praça dos Três Poderes. Plínio Valério, do PSDB do Amazonas, Eduardo Girão, do Podemos do Ceará e Styvenson Valentim, do Podemos do Rio Grande do Norte, assinaram um requerimento pedindo informações ao Ministro da Justiça, Flávio Dino, sobre as condições em que os presos estão sendo mantidos. No documento, eles pedem que  seja feito um relato formal da situação de todos eles. Além de  informações sobre saúde, alimentação e acomodação, os senadores questionam em que momento tiveram acesso a um advogado. Centenas de pessoas foram conduzidas para o ginásio da Academia Nacional de Polícia Federal, em Brasília, e estão passando por uma triagem da Polícia para serem liberadas ou presas por envolvimento na depredação. Além dos presos na Praça dos Poderes, 1200 pessoas foram detidas no Quartel General do Exército, ocupado desde o fim das eleições do ano passado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Para os três senadores, as detenções de quem não depredou o patrimônio público são ilegítimas porque não se encontram em qualquer das hipóteses de prisão previstas em lei. Plínio Valério criticou a falta de experiência do interventor do DF, o secretário executivo do Ministério da Justiça Ricardo Capelli. Jornalista por formação, Capelli foi secretário de  Estado no Maranhão e é braço-direito de Flávio Dino. Para Valério, é preciso separar os culpados dos inocentes.  Claro que bandido tem que ser tratado como bandido. Lugar de bandido é na cadeia, o que foi feito não tem perdão, não tem desculpa. Mas também botar um inteventor que não entende nada de segurança e sai prendendo todo mundo, querendo um culpado, está punindo inocente. E tem centenas de pessoas no ginásio de Brasília sem água, sem banheiro e sem comida. Senhoras de 80, 70 anos, senhores também. Repito, lugar de bandido é na cadeia, mas lugar de inocente é em casa com a família. Em nota, a Polícia Federal esclareceu que por questões humanitárias, mais de 600 pessoas foram liberadas, especialmente idosos, pessoas com problemas de saúde e mães acompanhadas de crianças. E acrescentou que todos têm acesso a banheiros químicos e estão recebendo alimentação regular, água e atendimento médico, quando necessário. O senador Marcos do Val, do Podemos do Espírito Santo, foi pessoalmente até a academia de polícia e confirmou a informação de que foi montado um hospital de campanha com atendimento 24 horas, além de salas de trabalho para a Defensoria Púbica e advogados trabalharem nas defesas. Para do Val, existe muito medo de ser preso injustamente, o que tem levado a casos de pressão alta e síndrome do pânico. Eles estão mais desesperados pela ansiedade de achar que vão ser presos do que as condições mesmo. E eu disse para eles: olha, se vocês subiram a rampa, mesmo para filmar, vocês vão ser conduzidos para um outro nível de interrogatório. Se vocês estavam quebrando, aí vocês já vão ser presos. Infelizmente, a sociedade continuou fazendo notícias falsas e as espalhando. Mas é um procedimento normal de todos os eventos de gerenciamento de crise e de distúrbios civis: recolher todo mundo e levar para um local. Segundo a Seape, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária, 1.028 pessoas detidas já estão no sistema prisional do DF. Desse total, 637 homens foram levados para o Complexo da Papuda e 391 mulheres foram encaminhadas à Penitenciária Feminina do DF. Da Rádio Senado, Marcella 

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