Danos causados ao Senado por atos de vandalismo podem chegar a R$ 4 milhões

Transcrição
OS DANOS CONTABILIZADOS PELO SENADO FEDERAL APÓS OS ATOS DE VANDALISMO OCORRIDOS NO ÚLTIMO DOMINGO DEVEM ATINGIR UM VALOR ENTRE 3 E 4 MILHÕES DE REAIS. ESSA FOI A ESTIMATIVA PASSADA PELA DIRETORA-GERAL, ILANA TROMBKA, APÓS LEVANTAMENTO FEITO POR DIFERENTES ÁREAS DA CASA. REPÓRTER CELSO CAVALCANTI. Infraestrutura, Patrimônio, Museu, Comunicação e Tecnologia da Informação. Todas são áreas impactadas, em menor ou maior grau, com prejuízos causados pelo grupo de vândalos que depredou o prédio do Senado Federal no domingo, 8 de janeiro. Após um mapeamento inicial feito por esses setores, a diretora-geral da Casa, Ilana Trombka, afirmou que os danos podem ficar entre  3 e 4 milhões de reais.  O tapete do salão azul, por exemplo, ficou encharcado, e será preciso trocá-lo. Os invasores também quebraram muitos vidros do prédio, incluindo espaços da chapelaria, do salão negro, do museu, e de dois gabinetes de senadores. Mas, segundo a diretora, alguns dos danos ao Senado vão além de valores financeiros. Há algo que nós não podemos nem contabilizar, por exemplo, uma tapeçaria do Burle Marx, que não só foi vandalizada como urinaram nessa tapeçaria, e a gente sabe que uma tapeçaria do Burle Marx tem um valor que é para muito além do trabalho de uma tapeçaria, tem toda uma questão do valor da obra de arte desse artista tão simbólico.      Também no museu e na presidência do Senado foram observados prejuízos difíceis de mensurar financeiramente, como informou Ilana. A gente tem um quadro que é de 1890 que retrata a assinatura da Constituição, eles não conseguiram derrubar mas eles se penduraram no quadro, fazendo com que a parte de baixo desse quadro ficasse solta; se eles tivessem conseguido derrubar esse quadro, não sem nem dizer, porque é uma peça que tem um valor incalculável. Eles na entrada da Presidência do Senado, que eles chegaram pelo lado da Câmara, quebraram vidros, também, a gente não sabe se consegue reparar, móveis históricos do Palácio Monroe. O Palácio Monroe, no Rio de Janeiro, foi sede do Senado Federal até a mudança da capital do País para Brasília. Também na galeria dos presidentes do Senado, os vândalos danificaram 5 pinturas, e uma delas terá de ser totalmente refeita. A diretora-geral informou que a prioridade número um no trabalho de reparação dos danos será a substituição de todos os vidros que foram quebrados. Com relação ao carpete do salão azul, o desafio será trocá-lo até o final deste mês, já que em 1º de fevereiro acontece a posse dos novos senadores. Já as obras de arte e o mobiliário histórico, por se tratarem de um serviço artesanal, devem levar mais tempo para serem restaurados.