Congresso Nacional deverá votar regras para distribuição de recursos das emendas de relator — Rádio Senado
Orçamento

Congresso Nacional deverá votar regras para distribuição de recursos das emendas de relator

O Congresso Nacional deverá votar um projeto de resolução com regras para a distribuição das emendas de relator - RP-9. Segundo o senador Marcelo Castro (MDB-PI), 80% dos recursos serão distribuídos de acordo com o tamanho das bancadas partidárias, sendo 2/3 para a Câmara dos Deputados e 1/3 para o Senado. Do restante, 7,5% ficarão com a Mesa do Senado, 7,5% da Câmara e 5% da Comissão Mista de Orçamento. Com esse critério, Marcelo Castro acredita que o Supremo Tribunal Federal deverá rejeitar os pedidos do PSOL, Cidadania e PSB pelo fim das emendas de relator. O projeto ainda precisa ser votado pelo Plenário do Congresso Nacional.

13/12/2022, 17h24 - ATUALIZADO EM 13/12/2022, 22h25
Duração de áudio: 02:45
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Transcrição
O CONGRESSO NACIONAL DEVE APROVAR NOVAS REGRAS DE DISTRIBUIÇÃO DO DINHEIRO DAS EMENDAS DE RELATOR, QUE SOMAM 19 BILHÕES NO ANO QUE VEM. O PROJETO É UMA TENTATIVA DE DEMONSTRAR TRANSPARÊNCIA E IMPEDIR QUE O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL DECLARE A INCONSTITUCIONALIDADE DESSE REPASSE. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN Os senadores e deputados devem votar nos próximos dias um projeto de resolução com regras para a distribuição das emendas de relator do Orçamento Geral da União. Até então, a decisão sobre o repasse é do próprio relator sem critérios objetivos. Segundo o senador Marcelo Castro, do MDB do Piauí, 80% do valor serão repartidos de acordo com o tamanho das bancadas partidárias, sendo que 77% do montante ficarão com os deputados e 33% com os senadores. O senador explicou ainda que dos 20% restantes, 7,5% seriam destinados para a Mesa do Senado, 7,5% para a Mesa da Câmara e 5% para a Comissão Mista de Orçamento. Marcelo Castro avalia que esse projeto de resolução pode fazer com o que Supremo Tribunal Federal não declare inconstitucional a emenda de relator, também conhecida por RP-9, que pode liberar recursos para obras e serviços nos estados, municípios e entidades filantrópicas. Para que os recursos sejam distribuídos equitativamente às bancadas. Então, a bancada que tem mais parlamentares receberá mais, a bancada que tem menos parlamentares receberá menos. Então, nós estamos também aqui tratando de equidade dos recursos públicos. Então, acreditamos que com diálogo, com o entendimento nós podemos chegar à modulação que o Supremo quer, sem haver a necessidade de determinar a inconstitucionalidade. Marcelo Castro lembrou que já foi aprovada a regra que obriga a identificação do senador ou do deputado que fez o pedido de liberação desse dinheiro da emenda de relator. Qualquer recurso que saia de emenda de relator, RP-9, terá que obrigatoriamente trazer o nome do deputado ou do senador solicitante. Então, havia uma confusão com aquele “usuário externo”. Então, um prefeito fazia uma reivindicação e o relator atendia, aí ficava aquela dúvida. Hoje, não vai poder mais. Mesmo que o prefeito faça a solicitação, ele terá que ir atrás de um deputado ou de um senador para o senador dizer “bota isso aqui, sou eu que estou patrocinando. Para o ano que vem, estão reservados R$ 19 bilhões para as emendas de relator. Marcelo Castro afirmou que o projeto de resolução poderá ser votado na próxima sessão do Congresso Nacional. O Supremo Tribunal Federal retoma nesta semana o julgamento da constitucionalidade das emendas de relator em resposta às ações do PSOL, Cidadania e PSB. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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