Senado aprova 3 nomes para o Livro de Heróis e Heroínas da Pátria — Rádio Senado
Comissão de Educação

Senado aprova 3 nomes para o Livro de Heróis e Heroínas da Pátria

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte aprovou, em decisão terminativa, o PL 2526/2022, que inscreve três nomes no Livro de Herois e Heroínas da Pátria. Abadias do Nascimento, Antonieta de Barros e Dorina Nowill passarão a constar no documento que reúne personalidades que entraram para a história nacional. O relator foi o senador Paulo Paim (PT-RS).

01/12/2022, 13h59 - ATUALIZADO EM 01/12/2022, 17h25
Duração de áudio: 03:09
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
O SENADO APROVOU A INSCRIÇÃO DE TRÊS NOVOS NOMES NO LIVRO DE HERÓIS E HEROÍNAS DA PÁTRIA. ABDIAS DO NASCIMENTO, ANTONIETA DE BARROS E DORINA NOWILL PASSARÃO A CONSTAR NO DOCUMENTO QUE REÚNE PERSONALIDADES QUE ENTRARAM PARA A HISTÓRIA NACIONAL. A REPÓRTER MARCELLA CUNHA TEM OS DETALHES A Comissão de Educação, Cultura e Esporte aprovou, de forma terminativa, três indicações para o Livro de Heróis e Heroínas da Pátria. Ex-senador e deputado, Abdias do Nascimento também foi ator, diretor e dramaturgo, e importante ativista dos direitos da população negra, tendo criado o Teatro Experimental do Negro, que excluído à época dos tablados, era epresentado por artistas brancos com o corpo pintado de preto. O relator, senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, recitou um poema em homangem a Abdias.  Falarão de um homem negro, de cabelosbrancos e barba prateada, que,independentemente do tempo, nunca parou.Fez da sua guerra a nossa batalha, comoninguém. Nunca tombou. Foi dele e é nossa abandeira da igualdade, da justiça e da liberdade.[É nossa e de todo o povo brasileiro. Já Dorina de Gouvêa Nowill foi uma educadora e administradora brasileira. Deficiente visual desde os 17 anos, ela é símbolo da luta pelos direitos das pessoas com deficiência.  Além de ter regulamentado a educação para cegos, "a dama da inclusão" criou a Fundação para o Livro do Cego no Brasil, ao perceber a carência de material em Braille no país. O senador Flávio Arns, do Podemos do Paraná, lembrou que a história de Dorina foi fundamental para abrir caminhos para as pessoas com deficiência no país. Foi essencial para inclusão social das pessoas com deficiência em geral no Brasil, porque apesar de ter atuado bastante na área da deficiência visual, a abertura de caminhos nessa áerea permitiu que também outras deificienas fossem organizadas, estruturadas e com serviços para atendimento adequados.Então Dorina Norwill foi uma referencia no Brasil. O terceiro nome aprovado para ser incluído no Livro é o de Antonieta de Barros. Filha de ex-escravos, ela foi a primeira mulher negra a ser eleita no país. Deputada por Santa Catarina, ela se tornou a exceção em um estado majoritariamente branco e masculino, e defendeu a educação como meio de transformação social, tendo lutado pela alfabetização de jovens adultos. Antonieta foi autora da lei que criou o Dia do Professor no estado, celeberado, até hoje, no dia 15 de outubro. É o que lembrou o senador Esperidião Amim, do PP de Santa Catarina. Primeiro, política; segundo, professora, jornalista, portanto um exemplo; e foi autora da lei que João Goulart nacionalizou no Dia do Professor. Então, quando a gente celebra no dia 15 de outubro o Dia do Professor, isso nasceu lá atrás, por uma iniciativa da Deputada Antonieta de Barros. E concluo dizendo o seguinte: eu fui alfabetizado pela irmã dela.  E confirmei há pouco com a Senadora Ivete que o Luiz Henrique também foi aluno dela, da irmã, Leonor de Barros.  As indicações seguem agora para a Câmara dos Deputados. Da Rádio Senado, Marcella Cunha. 

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