Comissão discutiu Serviços Ecossistêmicos e os Títulos Verdes no Brasil
A Comissão Senado do Futuro (CSF) discutiu em audiência pública nesta sexta-feira (25) os serviços ecossistêmicos e os títulos verdes no Brasil. Por iniciativa do presidente da CSF, senador Izalci Lucas (PSDB-DF), o debate esclareceu sobre esses serviços que integram desenvolvimento econômico e preservação ambiental. Participaram do debate representantes do Brasil Mata Viva - BMV Global, Seiva Empreendimentos e Alberi Forest.

Transcrição
A COMISSÃO SENADO DO FUTURO DISCUTIU NESTA SEXTA-FEIRA OS SERVIÇOS ECOSSITÊMICOS E OS TÍTULOS VERDES NO BRASIL.
OS PARTICIPANTES DESTACARAM O GRANDE POTENCIAL DO PAÍS NESTE MERCADO. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES.
Segundo o presidente da Comissão Senado do Futuro, senador Izalci Lucas, do PSDB do Distrito Federal, os serviços ecossistêmicos combinam desenvolvimento econômico e preservação ambiental. Para isso, é preciso criar uma série de opções de comercialização de títulos, o que requer atuação do Congresso Nacional, disse Izalci.
“Para constituir um mercado que permita converter os serviços ecossistêmicos em resultados econômicos, é indispensável criar e desenvolver uma série de opções para quantificação, avaliação, comercialização e acesso amplo a títulos ou outros mecanismos capazes de representar valor para agentes econômicos de todos os portes, nos níveis nacional e internacional. A criação de tais mecanismos inovadores deve ser objeto de ampla análise por parte do Poder Legislativo”
Ao destacar que o Brasil tem enorme potencial ambiental, a fundadora do Brasil Mata Viva – BMV Global, Maria Tereza Umbelino, disse que com a instituição da UCS, Unidade de Crédito Sustentabilidade, foi possível emitir títulos e nasceu uma commodity que permite a produtores, governos e investidores lucrarem com a conservação da natureza.
"O Brasil é o maior fornecedor de produtos e serviços ecossistêmicos do mundo. Então, ele entrega as suas commodities, ele entrega todo o seu processo produtivo conservando a natureza. Ele tem um superávit aí pela população. Então, isso significa que nós estamos exportando a biodiversidade, sem dar valor a ela, sem quantificar e sem a remuneração dela."
A diretora de Operações do Brasil Mata Viva - BMV Global, Pâmela Pádua, ressaltou o papel do investidor nos títulos verdes, para a conservação ambiental.
“Esta solução traz como propósito um ganha-ganha para todos os players envolvidos, seja o proprietário da área fornecedor do ativo, seja o investidor financeiro e seja a sociedade em geral que está sendo beneficiada, justamente pela manutenção destas florestas em pé, deste patrimônio natural em pé, e esse serviço ecossistêmico que todos nós nos beneficiamos.”
Também participaram da audiência Gracita Barbosa, da Seiva Empreendimentos; e Angelo de Sousa Santarlacci, do Alberi Forest. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.