Relatório da IFI aponta crescimento econômico, mas faz alerta sobre dívida pública — Rádio Senado
Economia

Relatório da IFI aponta crescimento econômico, mas faz alerta sobre dívida pública

Segundo o Relatório de Acompanhamento Fiscal da Instituição Fiscal Independente do Senado, a economia brasileira deve ter crescimento real de 2,6% neste ano e de 0,9% em 2023. Os dados de novembro destacam também que o País cresceu acima do previsto no primeiro semestre com reflexos na queda do desemprego.

21/11/2022, 17h56 - ATUALIZADO EM 21/11/2022, 18h06
Duração de áudio: 01:59
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Transcrição
RELATÓRIO DA IFI APONTA CRESCIMENTO ECONÔMICO, MAS FAZ ALERTA SOBRE DÍVIDA PÚBLICA. INSTITUIÇÃO FISCAL INDEPENDENTE PREVÊ QUE INFLAÇÃO AO CONSUMIDOR CAIA DE 10,1% NESTE ANO PARA 5,6% NO ANO QUE VEM. REPÓRTER PEDRO PINCER O Brasil deve ter um crescimento real de 2,6% neste ano e de 0,9% em 2023. As estimativas foram divulgadas no Relatório de Acompanhamento Fiscal elaborado pela Instituição Fiscal Independente do Senado. O levantamento de novembro destaca também que a economia brasileira cresceu acima do previsto durante o primeiro semestre, com reflexos na queda do desemprego. O analista da IFI, Alessanadro Casalcchi, celebra os números, mas faz uma ressalva. A taxa de desemprego agora está no patamar de 8,7%, isso representa queda de quase quatro pontos percentuais em relação ao que a gente tinha no encerramento do trimestre até setembro em 2021. O cenário macroeconômico geral que está se colocando é de que essa taxa deve começar a reverter e subir um pouco pelo menos no ano que vem. Em relação à PEC da Transição, apresentada pelo governo eleito, a IFI revela preocupação. A manutenção dos R$ 600 do Auxílio Brasil deve custar R$ 69,8 bilhões no ano que vem. O relatório aponta que, no fim, a fatura pode ser bem alta. Além de não especificar a fonte de financiamento, pode haver problemas quanto à dívida pública, como ressaltou Alessanadro Casalcchi. As receitas, que são o lado que vão financiar essas despesas estão muito mais incertas do que as despesas em si. Porque esse quadro geral tende a levar a um resultado primário do governo persistentemente negativo, ou seja, o governo vai ter que fazer nova dívida todo ano, além de rolar a que já tem, levando então essa dívida, no nosso cenário-base, no nosso cenário de referência, a atingir 95% do PIB em 2026 A IFI também prevê que inflação ao consumidor desacelere dos 10,1% registrados em 2021 para 5,6% em 2022 e para 4,6% em 2023, com convergência gradual para a meta perseguida pela Banco Central, de 3%. Da Rádio Senado, Pedro Pincer

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