Vice-líder do PT diz que ao autorizar governo de transição, Bolsonaro reconheceu a derrota — Rádio Senado
Eleições 2022

Vice-líder do PT diz que ao autorizar governo de transição, Bolsonaro reconheceu a derrota

No pronunciamento feito 45 horas após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente Jair Bolsonaro declarou que vai respeitar a Constituição, mas ponderou que os bloqueios dos caminhoneiros são um protesto contra o processo eleitoral. Para o vice-líder do PT, Humberto Costa (PE), apesar de não ter parabenizado Lula, Bolsonaro reconheceu a derrota ao autorizar o governo de transição.

01/11/2022, 19h10 - ATUALIZADO EM 01/11/2022, 19h48
Duração de áudio: 02:01
Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Transcrição
AO COMENTAR DISCURSO DE BOLSONARO, SENADOR DA OPOSIÇÃO DIZ QUE O MAIS IMPORTANTE AGORA É O INÍCIO DO GOVERNO DE TRANSIÇÃO. PRESIDENTE DA REPÚBLICA AFIRMA QUE VAI RESPEITAR A CONSTITUIÇÃO E QUE AS MANIFESTAÇÕES DEMONSTRAM INDIGNAÇÃO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN: Após 45 horas de silêncio desde o anúncio da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente Jair Bolsonaro declarou que vai respeitar a Constituição. Apesar de não ter pedido aos caminhoneiros que liberassem as rodovias, ele afirmou que os bloqueios das estradas demonstram contrariedade ao processo eleitoral. Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacificas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedade, destruição de patrimônio e cerceamento de ir e vir. Ainda no pronunciamento de pouco mais de dois minutos, Bolsonaro lembrou que a direita elegeu as maiores bancadas no Congresso Nacional. Disse ainda que apesar de ser rotulado como antidemocrático, nunca defendeu o cerceamento da mídia e das redes sociais. O vice-líder do PT, Humberto Costa, de Pernambuco, minimizou o fato de Bolsonaro não ter mencionado o nome do presidente eleito. Destacou, no entanto, que ao autorizar o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, a iniciar o processo de transição na quinta-feira, Bolsonaro reconheceu a derrota.  De alguma maneira, por meio do seu chefe da Casa Civil dizer que o processo de transição vai acontecer e dizer isso é reconhecer na prática que foi derrotado. Mais uma vez, ele age não como um estadista, mas como um chefe de torcida e de uma torcida bastante violenta como é o grupo bolsonarista que o apoia. O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, vai coordenar a equipe de transição, que deve começar a trabalhar em Brasília a partir de quinta-feira. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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