Senador quer CPI para investigar se houve irregularidades em inserções de rádio no segundo turno — Rádio Senado
Eleições 2022

Senador quer CPI para investigar se houve irregularidades em inserções de rádio no segundo turno

O senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) anunciou que vai recolher assinaturas para a criação de uma CPI destinada a apurar se houve irregularidades nas inserções de rádio no segundo turno das eleições. A polêmica partiu do ministro das Comunicações, Fábio Faria, que denunciou um possível boicote à campanha de Jair Bolsonaro. Já Zenaide Maia (PROS-RN) diz que questionar o processo eleitoral às vésperas da disputa é querer ganhar "no tapetão". O Tribunal Superior Eleitoral negou o pedido de investigação, argumentando que a denúncia não trouxe informações essenciais como os dias e horários das veiculações.

27/10/2022, 17h29 - ATUALIZADO EM 27/10/2022, 19h16
Duração de áudio: 01:39
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Transcrição
O SENADOR LUIS CARLOS HEINZE QUER INSTALAR UMA CPI PARA INVESTIGAR SE HOUVE IRREGULARIDADES NAS INSERÇÕES DE RÁDIO NO SEGUNDO TURNO. ZENAIDE MAIA CRITICA A INICIATIVA, QUE CONSIDERA UMA TENTATIVA DE “GANHAR NO TAPETÃO”. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. Veio do ministro das Comunicações, Fábio Faria, a polêmica sobre um possível boicote às inserções de rádio de Jair Bolsonaro no segundo turno. O senador Luis Carlos Heinze, do PP do Rio Grande do Sul, anunciou que vai recolher assinaturas para a criação de uma CPI destinada a apurar se houve irregularidades na campanha presidencial. Estou entrando com um requerimento para montarmos uma CPI - já estou atrás de assinaturas - com relação à questão das inserções dos programas de rádio do programa eleitoral, que é muito importante, para que nós possamos nos debruçar, porque é preocupante o que está ocorrendo neste instante, às vésperas de uma eleição: um fato tão grave e não ter a importância devida do caso pelo próprio Tribunal Superior Eleitoral. Zenaide Maia, do Pros do Rio Grande do Norte, criticou a iniciativa. Para ela, questionar o processo eleitoral às vésperas da disputa é “querer ganhar no tapetão”. Quem se elege é quem o povo quer. Quando a população não quer, não é uma inserção de rádio, porque a gente sabe. Isso é um período em que quem quer o voto têm que correr atrás e convencer. Aqui a gente chama isso querer ganhar no tapetão: não ter voto e querer ganhar na Justiça. Então, não é por aí. Tem de 5% a 7%, dependendo da região, de pessoas indecisas. Agora é hora de defender a democracia deste país. Aguardem! O povo vai colocar os votos. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, rejeitou o pedido de investigação argumentando que a denúncia não trouxe informações essenciais como os dias e horários das veiculações, e acusou a campanha de Bolsonaro de tentar tumultuar o processo eleitoral. O presidente da República anunciou que vai recorrer da decisão. Da Rádio Senado, Roberto Fragoso.

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