Senado solidariza-se com Seu Jorge por ataques racistas — Rádio Senado
Voto de solidariedade

Senado solidariza-se com Seu Jorge por ataques racistas

Nesta terça-feira (18), o Senado aprovou voto de solidariedade ao cantor e compositor Seu Jorge, vítima de ataques racistas em um show realizado no Clube Grêmio Náutico União, em Porto Alegre (RS), no dia 14. O autor do voto, Paulo Paim (PT-RS), lamentou o ocorrido e lembrou que o crime ainda é uma prática diária no Brasil. Ao aprovar o voto, Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, destacou que o racismo é intolerável para qualquer ser humano.

19/10/2022, 11h56 - ATUALIZADO EM 19/10/2022, 11h56
Duração de áudio: 02:33
Reprodução/Instagram

Transcrição
O SENADO FEDERAL MANIFESTOU SOLIDARIEDADE AO CANTOR SEU JORGE. ELE FOI VÍTIMA DE ATAQUES RACISTAS EM UM SHOW REALIZADO EM PORTO ALEGRE, CAPITAL DO RIO GRANDE DO SUL, NO DIA 14 DE OUTUBRO. REPÓRTER BIANCA MINGOTE. O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, lamentou os ataques racistas a Jorge Mário da Silva, conhecido por Seu Jorge, durante um show realizado no Clube Grêmio Náutico União, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. De acordo com denúncias de internautas, as ofensas começaram quando o cantor convidou um jovem negro para tocar no palco e fazer um breve discurso contra a redução da maioridade penal. Em um vídeo publicado em seu Instagram, Seu Jorge confirmou ter sido alvo de xingamentos e de ofensas racistas e disse ter presenciado muito ódio gratuito e grosseria. Na avaliação de Paulo Paim, que apresentou um voto de solidariedade ao cantor, o racismo ainda é um crime recorrente no Brasil, o que, segundo ele, prejudica o desenvolvimento do país.   O racismo não é um ato isolado, ao contrário, o racismo é uma prática diária incrustada, infelizmente, na sociedade brasileira, e isso assola, atrasa o desenvolvimento do nosso país. Passados mais de 130 anos da abolição da escravatura, estamos vendo aí: a população negra ainda convive dia e noite com a dor de ser ofendida por algumas pessoas que se sentem superiores em razão da cor da pele. Mal sabem eles que inferior não é o ofendido, mas é o ofensor, quando manifesta o seu preconceito. Ao aprovar o voto de solidariedade, Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, repudiou o ocorrido e destacou que o racismo é intolerável para qualquer ser humano. Gostaria de manifestar o nosso mais absoluto repúdio a esse episódio envolvendo o Seu Jorge, que é uma figura querida por todos os brasileiros, esteve recentemente aqui no Congresso Nacional militando em favor de boas causas legislativas. Ser vítima de racismo, de fato, é algo intolerável para Seu Jorge, para qualquer brasileiro, para qualquer brasileira, para qualquer ser humano. Fico muito feliz de ouvir que esse Senado Federal tem sido transformador na luta contra o racismo no Brasil. A polícia do Rio Grande do Sul já abriu um inquérito para investigar o caso. Segundo a imprensa gaúcha, Paulo José Kolberg Bing, presidente do Clube onde acontecia o show, será chamado para depor nesta quinta-feira, 20 de outubro, na Delegacia de Combate à Intolerância da capital gaúcha. Sob a supervisão de Marcella Cunha, da Rádio Senado, Bianca Mingote.

Ao vivo
00:0000:00