Dia da Árvore: senador alerta sobre avanço do desmatamento em todos os biomas — Rádio Senado
Meio Ambiente

Dia da Árvore: senador alerta sobre avanço do desmatamento em todos os biomas

O Dia da Árvore, comemorado nesta quarta-feira (21), próximo à chegada da primavera, foi instituído por decreto de 1965 para difundir a conservação das florestas. Em sessão sobre a próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 27, o senador Fabiano Contarato (PT-ES) alertou para os altos índices de desmatamento em todo o país.

20/09/2022, 19h08 - ATUALIZADO EM 20/09/2022, 19h08
Duração de áudio: 02:10
Foto: Vinícius Mendonça/Ibama

Transcrição
DIA DA ÁRVORE É COMEMORADO EM CENÁRIO DE DESMATAMENTO E POLÍTICAS DESFAVORÁVEIS PARA O MEIO AMBIENTE. REPÓRTER JANAÍNA ARAÚJO. Nesta quarta-feira, 21 de setembro, é comemorado no Brasil o Dia da Árvore. Um decreto de 1965, do então presidente Castelo Branco, instituiu a data como a Festa Anual das Árvores para difundir a conservação das florestas e divulgar a importância das árvores no bem-estar dos cidadãos. Em sessão de debates no Senado na semana passada, especialistas, cientistas e ativistas discutiram o cumprimento das metas brasileiras pactuadas na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 26, realizada no Reino Unido em 2021. O debate, presidido pelo senador Fabiano Contarato, do PT do Espírito Santo, também abordou os desafios e propostas do Brasil para a conferência deste ano, a COP 27, que acontecerá em novembro no Egito. Fabiano Contarato afirmou que o desmatamento segue avançando em todos os biomas em ritmo alarmante, tendo alcançado na Amazônia, em 2021, a maior taxa dos últimos 15 anos. Ele criticou a atuação do governo federal: CONTARATO O atual presidente da República tornou o Brasil um país inimigo do esforço global contra as mudanças climáticas e pela preservação das florestas e do respeito aos povos indígenas. Tudo que o governo fez desde sua posse representa um forte ataque às políticas de proteção socioambiental. Acaba com a Secretaria de Mudanças Climáticas, com o plano de combate ao desmatamento, com o Departamento de Educação Ambiental; criminaliza ONGs, reduz a participação da sociedade civil, prolifera autorização de agrotóxicos, quer autorizar extração de minério em terra indígena, arma grileiro, enfraquece os órgãos de fiscalização. O senador, que atuou como presidente da Comissão de Meio Ambiente por dois anos, ressaltou que os subsídios reunidos na sessão temática serão debatidos na próxima conferência da ONU. Ele defendeu o debate das oportunidades que se abrem para o Brasil na exploração da floresta em pé, com o desenvolvimento de uma agricultura de baixo carbono e de fontes alternativas de energia verde, a regulamentação do mercado de carbono e a expansão da bioeconomia. Da Rádio Senado, Janaína Araújo.

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