Projeto permite que servidor público atue como microempreendedor individual
Uma proposta (PL 2332/2022) do senador Nelsinho Trad (PSD-MS) altera a Lei 8.112/1990 para permitir que servidores públicos possam atuar como microempreendedor individual (MEI). Ocupantes de cargos de comissão são exceção trazida no projeto de lei, que também determina observância à legislação sobre conflito de interesses para servidores exercerem a atividade de MEI.
Transcrição
ATUAÇÃO COMO MICROEMPREENDOR INDIVIDUAL PODE SER LIBERADA PARA SERVIDOR PÚBLICO.
PROPOSTA TRAZ COMO EXCEÇÃO OCUPANTES DE CARGO EM COMISSÃO. REPÓRTER JANAÍNA ARAÚJO.
O senador Nelsinho Trad, do PSD de Mato Grosso do Sul, apresentou projeto de lei para permitir que servidor público possa ser microempreendedor individual. Entre outros requisitos, esse tipo de atuação é para pessoas com renda bruta anual de até oitenta e um mil reais.
Nelsinho Trad argumenta que, respeitada a compatibilidade de horários e assegurado o regular exercício do cargo público, a atuação como pequeno empresário não é diferente das que já são permitidas ao servidor, como o acúmulo de dois cargos públicos de professor ou profissional de saúde. Além disso, observa ele, servidores públicos federais não estão proibidos de exercer atividade remunerada como empregados.
Para o senador, a proibição atual de empreender é uma distorção que impede o servidor de complementar seus rendimentos e assegurar melhores condições de vida. Ele explicou as exigências para a mudança proposta.
NELSINHO Como microempreendedor individual, ele não vai gerenciar um grande negócio ou uma equipe. O nome já deixa claro isso: microempreender individual. A proposta também não desrespeita a legislação sobre conflito de interesses e a lei de licitações e contratos administrativos. Importante esclarecer ainda que o projeto não abrange servidores em função de confiança ou mesmo cargos em comissão.
Nelsinho Trad lembra que, conforme a lei 8.112 – o regime jurídico dos servidores públicos federais –, aqueles que ocupam funções de confiança estão submetidos a regime de integral dedicação e podem ser convocados sempre que houver interesse da administração pública.
A proposta ainda será encaminhada para as comissões permanentes. Da Rádio Senado, Janaína Araújo.