Senadores cobram do governo início da distribuição de absorventes a mulheres de baixa renda — Rádio Senado
Saúde da Mulher

Senadores cobram do governo início da distribuição de absorventes a mulheres de baixa renda

Senadores cobram do governo o início da distribuição de absorventes a mulheres de baixa renda. O prazo dado pela Lei 14.214/2021, que criou o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual, acabou em julho e até agora o Ministério da Saúde não se posicionou. Devem ser beneficiadas 5,6 milhões de meninas e mulheres, de 12 a 51 anos, entre estudantes carentes da rede pública, moradoras de rua e presidiárias. Os absorventes farão parte da cesta básica, serão bancados com recursos do Sistema Único de Saúde ou do Fundo Penitenciário Nacional.

19/08/2022, 18h12 - ATUALIZADO EM 19/08/2022, 18h12
Duração de áudio: 01:33
santos.sp.gov.br

Transcrição
SENADORES COBRAM DO GOVERNO O INÍCIO DA DISTRIBUIÇÃO DE ABSORVENTES A MULHERES DE BAIXA RENDA. O PRAZO DADO PELA LEI QUE CRIOU O PROGRAMA DE SAÚDE MENSTRUAL ACABOU EM JULHO E ATÉ AGORA O MINISTÉRIO DA SAÚDE NÃO SE POSICIONOU. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. Promulgada em março depois de um cabo de guerra entre o governo e o Congresso Nacional que culminou com a derrubada de vetos presidenciais, a lei que criou o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual dava um prazo de 120 dias para o início da distribuição gratuita de absorventes para mulheres de baixa renda. A expectativa é que sejam atendidas 5 milhões e 600 mil meninas e mulheres, de 12 a 51 anos, entre estudantes carentes da rede pública, moradoras de rua e presidiárias. A senadora Zenaide Maia, do Pros do Rio Grande do Norte, que foi relatora da proposta no Senado, citou relatos sobre o uso de alternativas que trazem risco à saúde, como papelão, jornal e até miolo de pão. Além disso, no caso das adolescentes, há queda no rendimento escolar, por terem que faltar às aulas por falta de absorventes. São muitas meninas e mulheres numa situação dessa. É uma urgência porque isso é uma promoção à saúde, isso é uma promoção à educação, já que a cada quatro crianças uma não frequenta as aulas durante o período menstrual porque não tem absorvente, não tem mínimos itens necessários à higiene menstrual. Pela lei, os absorventes gratuitos farão parte das cestas básicas entregues pelo Sistema Nacional de Segurança Alimentar, serão bancados com dinheiro do SUS ou, no caso das detentas, do Fundo Penitenciário Nacional. Como o prazo para a implantação do programa venceu sem novidades, os senadores Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, e Eliziane Gama, do Cidadania do Maranhão, apresentaram pedidos de explicações ao ministro da saúde, Marcelo Queiroga, cobrando o início da distribuição. Da Rádio Senado, Roberto Fragoso.

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