Carmen Portinho deve ser a patrona do urbanismo no Brasil — Rádio Senado
Homenagem

Carmen Portinho deve ser a patrona do urbanismo no Brasil

A engenheira Carmen Velasco Portinho, primeira urbanista do Brasil, deve ser a patrona do urbanismo no país. Projeto com esse objetivo (PL 1679/2022) foi aprovado pelo Senado e segue para análise da Câmara dos Deputados. A relatora da homenagem, senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), ressaltou que Carmen Portinho foi pioneira em diversas áreas. O sobrinho de Carmen, senador Carlos Portinho (PL-RJ), destacou a luta da tia pelo voto feminino.

10/08/2022, 19h01 - ATUALIZADO EM 10/08/2022, 19h02
Duração de áudio: 02:03
Foto: Wikipedia

Transcrição
CARMEN VELASCO PORTINHO DEVERÁ SER CONSIDERADA A PATRONA DO URBANISMO NO BRASIL. PROJETO COM ESSE OBJETIVO FOI APROVADO PELO SENADO E SEGUE PARA A CÂMARA DOS DEPUTADOS. SAIBA UM POUCO MAIS DA HISTÓRIA DE CARMEN PORTINHO NA REPORTAGEM DE RODRIGO RESENDE. Primeira mulher urbanista do país, Carmen Velasco Portinho nasceu em Corumbá, Mato Grosso do Sul, em 1903. Formou-se em engenharia em 1925 na atual Universidade Federal do Rio de Janeiro. Depois de participar de um estágio em Londres, quando vivenciou a reconstrução de cidades em função da segunda guerra mundial, foi pioneira na criação do Departamento de Habitação Popular da Secretaria de Viação e Obras Públicas da Prefeitura do Distrito Federal, na então capital do país, Rio de Janeiro, em 1946. Vários feitos de sua biografia foram destacados pela relatora da homenagem, senadora Eliziane Gama, do Cidadania do Maranhão. Eliziane -  Carmen ainda foi diretora do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, crítica de arte, diretora da Escola Superior de Desenho Industrial por mais de vinte anos. Carmen Portinho viveu até 2001 e em seu quase um século de vida deixou um legado profissional e social sem precedentes por meio de uma militância e atingia genuinamente todas as esferas da sua vida. Outra marca na história de Carmen é a luta, ao lado de mulheres como Bertha Lutz e Esther Salgado Monteiro, pelo direito ao voto feminino, ainda na primeira metade do século XX. O senador Carlos Portinho, do PL do Rio de Janeiro, sobrinho de Carmen, contou detalhes sobre a luta da tia pela participação feminina na política. Portinho - E ela e Bertha Lutz tiveram com Getúlio Vargas pra eu não vou nem pedir, que elas foram pra exigir o voto feminino. E quando Getúlio Vargas, acho que cansado daquelas mulheres falou “OK vocês vão ter o direito ao voto” ... Tia Carmen ainda falou “não mas agora a gente quer o direito de ser candidata, porque o direito ao voto só pra mulher não basta”. Carmen Portinho foi diretora da Escola Superior de Desenho Industrial, local onde trabalhou até os 96 anos. A urbanista faleceu em 2001, aos 98 anos de idade. Da Rádio Senado, Rodrigo Resende.

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