CTFC: militares pedem reforço na segurança das urnas eletrônicas — Rádio Senado
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CTFC: militares pedem reforço na segurança das urnas eletrônicas

Em debate na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor, representantes do Ministério da Defesa cobraram um reforço na segurança das urnas eletrônicas. De acordo com o ministro Paulo Sérgio Nogueira, ainda há temores quanto a fraudes internas no sistema. A Transparência Internacional questiona o envolvimento das Forças Armadas e mudanças a menos de três meses das eleições. O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) acredita que ainda há tempo para ajustes e um entendimento.

18/07/2022, 17h52 - ATUALIZADO EM 22/07/2022, 12h38
Duração de áudio: 02:32
Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
MILITARES PEDEM REFORÇO NA SEGURANÇA DAS URNAS ELETRÔNICAS. EDUARDO GIRÃO, QUE TROUXE A DISCUSSÃO PARA O SENADO, DEFENDEU A TRANSPARÊNCIA DO PROCESSO E AJUSTES POR MEIO DE UM ENTENDIMENTO COM A JUSTIÇA ELEITORAL. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. Entre as sugestões do Ministério da Defesa ao Tribunal Superior Eleitoral para aumentar a segurança das eleições e a confiança nos resultados, a mais importante é um teste nas mesmas condições que acontecerão na votação, inclusive com uso da biometria do eleitor. O coronel Marcelo Nogueira de Souza, que chefia a equipe que acompanha o processo eleitoral, reconheceu os avanços na segurança do sistema quanto a ataques externos, mas se preocupa com fraudes internas. A urna não se conecta à internet, não tem outras ligações. Realmente, para uma vulnerabilidade externa, é muito difícil. No que tange à ameaça interna, até o momento, a gente ainda não tem disponível a documentação que nos leve a formar uma opinião conclusiva de que a solução é segura. E é possível que um código malicioso, tenha sido sim inserido na urna e fique lá latente, esperando algum tipo de acionamento. Michel Freitas Mohallen, da Transparência Internacional, recomendou cautela com mudanças nas regras a menos de três meses das eleições e disse que não é competência das forças armadas revisar as eleições. O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, negou qualquer intenção de interferir ou contestar o resultado da disputa. O que a gente deseja neste momento: paz social! É um momento muito sensível, com uma polarização muito grande, e todos temos que estar juntos e unidos para que tenhamos essa transparência, essa confiabilidade, essa tranquilidade, para que tenhamos, ao final, uma eleição tranquila, fortalecendo, com isso, a nossa calejada e forte democracia. Em absoluto, jamais, em tempo algum, seremos revisores de eleições. O senador Eduardo Girão, do Podemos do Ceará, que pediu o debate na Comissão de Transparência, acredita que ainda há tempo para um entendimento e ajustes nas eleições. Não basta a rainha ser honesta; ela tem de parecer honesta. Acredito que isso se aplica muito bem ao processo eleitoral. Por isso, ele precisa ser o mais isento possível de qualquer questionamento. O TSE é um órgão sério. Não se trata de questionar absolutamente sua competência. O que está em jogo, no entanto, é a confiança da população nas urnas, no resultado do pleito. E nós estamos aqui buscando, aos 47 minutos do segundo tempo, um entendimento. Outras medidas que o ministério espera ver implementadas já neste ano são fiscalização e auditoria em todas as fases do processo eleitoral e um teste público no novo lote de urnas eletrônicas, que somam 39% das máquinas que serão usadas. Da Rádio Senado, Roberto Fragoso.

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