Congresso celebra o Dia das Defensoras e Defensores Públicos

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UMA SESSÃO SOLENE DO CONGRESSO NACIONAL COMEMOROU O DIA DAS DEFENSORAS E DEFENSORES PÚBLICOS, CELEBRADO EM 19 DE MAIO. PARTICIPANTES DESTACARAM QUE OS MAIS VULNERÁVEIS DEPENDEM DA DEFENSORIA PARA TEREM DIREITOS GARANTIDOS. E PEDIRAM ESTRUTURAÇÃO DA CARREIRA E MAIS ORÇAMENTO PARA A INSTITUIÇÃO. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES. Para expressar a importância da Defensoria Pública na garantia de direitos dos brasileiros mais vulneráveis, a presidente do Conselho Nacional de Ouvidorias Externas das Defensorias Públicas Estaduais, Sirlene Assis, cantou.  “Ninguém ouviu, o soluçar de dor num canto do Brasil. Um lamento triste sempre ecoou”. Gente, essa voz que ecoa em cada canto do Brasil, quem escuta é a Defensoria. Seja no Rio de Janeiro, com chacina na Penha, seja no Jacarezinho, seja na Bahia, seja no Pará, com os indígenas, e é na Defensoria que essas vozes ecoam. Ao destacar as desigualdades que ainda existem no Brasil, o senador Fabiano Contarato, do PT capixaba, que pediu a homenagem com a deputada Sâmia Bomfim, do PSOL de São Paulo, afirmou que, como parlamentar é um defensor público.  Eu defendo um humanismo radical e a gente tinha que se contaminar com esse humanismo radical, se sensibilizando. E nisso vocês são missionários. Se você quer ver como um presidente, um governador, quer o bem da população, olha como ele trata a Defensoria Pública. Porque se ele está vilipendiando a Defensoria Pública, ele está vilipendiando os mais vulneráveis. Emocionada, a presidente da Anadep, Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos, Rivana Ricarte, disse que o Dia do Defensor Público deve ser celebrado como uma data de esperança. Num pais marcado por um profundo desequilíbrio, não há nada de mais certo do que celebrar e defender a existência da maior instituição pública de defesa e assistência jurídica do mundo: a Defensoria Pública brasileira, que tem como missão dar voz aos ninguéns para que, parafraseando Eduardo Galeano, um dia esses ninguéns, que custam menos do que a bala que os mata, possam ser muitos alguéns nesse país. O defensor público-geral federal Daniel Pereira apelou por mais recursos para as Defensorias para ampliarem o acesso da população à Justiça. Temos um público potencial de aproximadamente 142 milhões de pessoas que sobrevivem com menos de três salários mínimos por mês. É preciso que reconheçamos a Defensoria como este último dique de que se vale o cidadão comum para fazer frente à, ainda distante, consolidação dos direitos humanos. Participaram da celebração senadores, deputados federais, defensores públicos de vários estados, o ex-senador e vereador da cidade de São Paulo, Eduardo Suplicy, e representante do Movimento Mães do Jacarezinho. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.