Comissão de Infraestrutura debate aumento no preço da energia elétrica em Mato Grosso — Rádio Senado
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Comissão de Infraestrutura debate aumento no preço da energia elétrica em Mato Grosso

A Comissão de Infraestrutura (CI) debateu em audiência pública o aumento da energia elétrica no estado do Mato Grosso. O Senador Wellington Fagundes (PL-MT) ressaltou que o valor da energia está sufocando as famílias do estado. Representante da Aneel afirmou que o reajuste poderia ter sido até maior e disse que a concessionária estuda fórmulas para queda da tarifa.

27/04/2022, 18h59 - ATUALIZADO EM 27/04/2022, 18h59
Duração de áudio: 02:14
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: COMISSAO DE INFRAESTRUTURA DEBATEU EM AUDIÊNCIA PÚBLICA SITUAÇÃO DA ENERGIA EM MATO GROSSO . LOC: PARTICIPANTES ARGUMENTAM QUE O AUMENTO DO PREÇO É RESULTADO DE MEDIDAS TOMADAS NA PANDEMIA. REPÓRTER CAROL TEIXEIRA. A comissão de infraestrutura debateu em audiência pública o aumento do preço da energia elétrica no estado de Mato Grosso. O senador Wellington Fagundes, do PL Mato-grossense, aponta que o atual cenário é resultado de medidas dos anos de 2020 e 2021, em função da pandemia. Wellington ressalta que os  aumentos estão afetando diretamente a renda familiar dos trabalhadores. Um estudo contratado pelo instituto clima e sociedade, apontou índices preocupantes. O gasto de gás e energia já compromete metade ou mais ainda da metade da renda de 46% das famílias brasileiras, sendo que 10% já se encontra com quase toda a renda familiar comprometida com esses gastos. Precisamos de caminhos, até porque alguns dos efeitos dessa crise infelizmente serão duradouros. O superintendente de Gestão Tarifária da Agência Nacional de Energia Elétrica, Davi Antunes, defende que existem diversos pontos que interferem na tarifa da energia elétrica. Davi afirma que o aumento poderia ser bem maior. Então a gente tem uma série de itens positivos e outros negativos. Os positivos contribuem para aumentar a tarifa do consumidor, então você tem diferença em conta de energia que dá o impacto positivo, mas eu queria dar destaque nos itens negativos, que são os financeiros, temporários, considerados para mitigar o efeito para o consumidor. Então apesar da gente ter aprovado um reajuste de 22%, se ele não tivesse esses itens financeiros negativos, ele teria sido 17% maior. Riberto Barbanera, presidente da Energisa de Mato Grosso, concessionária do estado, afirma que existe uma possibilidade de negociação de créditos, que podem ajudar na diminuição do preço da tarifa, entretanto eles ainda não estão habilitados para o uso. Pra esse reajuste, como foi apresentado, mesmo sem ter habilitação e sob risco, a Energisa Mato Grosso, adiantou 230 milhões nesse reajuste tarifário para conter algo em torno de pouco menos de 4% de um reajuste que seria ainda maior. O aumento da energia no estado nos últimos anos foi significativo, com um efeito médio de 22% para o consumidor. Sob a supervisão de Rodrigo Resende, da Rádio Senado, Carol Teixeira.

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