Senadores destacam trajetória do jurista Dalmo Dallari — Rádio Senado
Homenagem

Senadores destacam trajetória do jurista Dalmo Dallari

Senadores destacaram a atuação de Dalmo Dallari, jurista falecido no último dia 08 de abril, na defesa da democracia. Paulo Paim (PT-RS) lembrou que Dallari sempre defendeu os direitos humanos. O ex-diretor da faculdade de Direito da USP faleceu aos 90 anos.

13/04/2022, 11h21 - ATUALIZADO EM 13/04/2022, 11h21
Duração de áudio: 02:01
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Transcrição
SENADORES DESTACARAM A TRAJETÓRIA DO JURISTA DALMO DALLARI, FALECIDO NO ÚLTIMO DIA 08 DE ABRIL AOS 90 ANOS. DALLARI FOI DIRETOR DA FACULDADE DE DIREITO DA USP E UM DOS LÍDERES DA COMISSÃO DE JUSTIÇA E PAZ DA ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO DURANTE O REGIME MILITAR. REPÓRTER RODRIGO RESENDE. O jurista Dalmo Dallari morreu no último dia 08 de abril, aos 90 anos. Ele foi diretor da faculdade de Direito da Universidade de São Paulo e um dos organizadores da Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo, que dava auxílio a perseguidos políticos durante a ditadura militar. O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, destaca que Dalmo Dallari tinha uma visão humanista do Direito. A morte do doutor Dalmo Dallari é uma enorme perda para o país. Uma pessoa muito respeitada, um grande jurista, diretor da faculdade de Direito da USP, secretário jurídico da prefeitura de São Paulo. Especialista em questões de estado lançou vários livros sobre o tema, como também escreveu vários artigos. Tinha a visão humanista de fazer o bem aos outros, um defensor dos direitos humanos e das diversidades. Em sessão de abril de 2005, em homenagem a João Paulo II, o então senador Eduardo Suplicy lembrou uma passagem de Dalmo Dallari durante a visita do Papa ao Brasil em 1980. Ainda vivíamos sob um regime militar, estando na presidência o General João Baptista Figueiredo. Na véspera da missa, realizada no Campo de Marte, na cidade de São Paulo, o então presidente da Comissão de Justiça e Paz, Professor Dalmo Dallari, foi seqüestrado e levado para um terreno onde estava sendo construída a Avenida Juscelino Kubitschek, onde foi abandonado depois de fortemente agredido. Embora muito machucado por pessoas que o agrediram justamente porque ele iria ler na celebração da missa pelo Papa, aonde chegou de cadeira de rodas, o Professor Dallari fez questão de estar presente e, de pé, leu naquela missa e pôde conversar com o Papa João Paulo II. O senador Jean Paul Prates, do PT do Rio Grande do Norte, afirmou pelas redes sociais que Dallari era um defensor da democracia. Da Rádio Senado, Rodrigo Resende.

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