Mais oito pessoas devem depor à Comissão de Educação

Transcrição
A COMISSÃO DE EDUCAÇÃO APROVOU UM CONVITE PARA OUVIR MAIS OITO PESSOAS SOBRE O SUPOSTO CASO DE BENEFICIAMENTO INDEVIDO NO MEC. ENTRE ELAS, ESTÃO DIRETORES DO FNDE QUE ATUARAM NO PREGÃO DE ÔNIBUS EMBARGADO PELO TCU POR SUSPEITA DE SUPERFATURAMENTO. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA A Comissão de Educação aprovou um requerimento para ouvir mais oito pessoas envolvidas no suposto caso de beneficiamento indevido na destinação de verbas públicas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Entre elas, está o diretor de Gestão, Articulação e Projetos Educacionais do FNDE, Gabriel Vilar, e o diretor de Ações Educacionais do órgão, Garigham Amarante, responsável pelo pregão da compra de ônibus escolares superfaturados. Além da licitação, que está  embargada pelo Tribunal de Contas da União, o autor do requerimento, senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, também quer explicações sobre a compra de dois automóveis esportivos de luxo pelos diretores, logo após assumirem o cargo. Nós não estamos convidando o Sr. Garigham ou os senhores do FNDE, porque eles compraram  SUV de quase meio milhão de reais.  Se fosse só isso, razão boa já o seria, porque um dos indícios para qualquer investigação de corrupção é sinal exterior de riqueza. Os servidores em tela são responsáveis, junto com o Sr. Marcelo Ponte, pela aprovação do termo de referência e prosseguimento de licitação para aquisição dos ônibus.  Três senadores foram contrários ao depoimento dos servidores do FNDE: Carlos Viana, do PL de Minas Gerais, Esperidião Amin, do PP de Santa Catarina e Carlos Portinho, do PL do Rio de Janeiro. Para Portinho, as explicações do financiamento dos veículos já foram apresentadas à Controladoria Geral da União. Ele quer saber, como ele mesmo colocou, sinais exteriores de riqueza. Por que é que um servidor comprou um carro? A gente pode chamar aqui? Imagino que servidores comprem carros todo dia em algum lugar do país. Então a gente pode chamar qualquer um por isso? Ou o que nós queremos é documentação, que ele preste informações por documentos: a compra e venda do carro, à origem dos recursos, a seu imposto de renda. Foram apresentados espontaneamente à CGU. Além dos dois diretores do FNDE também serão convidados para de depor: Odimar Barreto, ex-assessor especial do ministro da Educação Milton Ribeiro; Nely Jardim, apontada pelos prefeitos ouvidos pela comissão como uma espécie de assessora dos pastores envolvidos no caso; Luciano Musse, ex-assessor do MEC; Crezus Santos, assessor da Assembleia Legislativa do Maranhão que teria atuado na abordagem a prefeitos; Darwin Lima e Jorge Guilherme da Silva Souza. Da Rádio Senado, Marcella Cunha