Ministro das Relações Exteriores diz que governo busca garantir fornecimento de fertilizantes ao Brasil

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O MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES INFORMOU QUE O GOVERNO BUSCA SAÍDAS PARA GARANTIR O FORNECIMENTO DE FERTILIZANTES AO BRASIL. EM AUDIÊNCIA NO SENADO, O CHANCELER TAMBÉM SE MANIFESTOU SOBRE A GUERRA DA RÚSSIA CONTRA A UCRÂNIA. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES. A vinda do ministro Carlos França acontece exatamente quando ele completa um ano à frente do Ministério de Relações Exteriores. Respondendo aos senadores, ele afirmou que o governo está dialogando com vários países para garantir o fornecimento de fertilizantes aos agricultores brasileiros, para compensar a dificuldade de importação da Rússia, principal fornecedor do insumo. Dentro da chamada diplomacia dos fertilizantes, o chanceler disse que já há contatos com a Arábia Saudita, Canadá, Irã, Nigéria e Estados Unidos. Preocupa-nos em particular assegurar o fornecimento contínuo de fertilizantes, que são indispensáveis para a nossa agricultura e para a segurança alimentar da nossa população – eu diria para a segurança alimentar do mundo. Temos monitorado atentamente as sanções e outras medidas restritivas. Ao mesmo tempo, temos buscado identificar fontes alternativas e sustentáveis para o fornecimento de fertilizantes. Sobre as ações do Itamaraty em relação à guerra da Rússia contra a Ucrânia, Carlos França ressaltou a tradição brasileira de solidariedade e respeito aos direitos humanos. Ele citou a ajuda para que 230 brasileiros deixem a Ucrânia, dos quais 43 já voltaram para casa. Carlos França disse que foram emitidos 81 vistos humanitários para que ucranianos venham ao Brasil. E ressaltou a tradição mediadora que Brasil desempenha em conflitos internacionais, com o que o senador Fernando Collor, do PTB de Alagoas, concorda. O Brasil, tenho certeza, sempre estará se colocando ao dispor das partes e aos dispor de todos aqueles que buscam a paz para ser um interlocutor positivo, proativo no sentido de nós assegurarmos a trazer de volta à normalidade o que está acontecendo naquela região da Europa e da Ásia. A presidente da Comissão de Relações Exteriores, senadora Kátia Abreu, do PP do Tocantins, defendeu a diplomacia pela paz. O Executivo e o Legislativo brasileiro apresentam visões estritamente convergentes em defesa do cessar fogo imediato e de negociações que conduzam a uma paz duradoura e sustentável. Em pleno século 21, nenhum motivo pode justificar uma guerra, em que pese todas as diferenças. Só há espaço para que prevaleça a diplomacia e o diálogo como mecanismos de solução de controvérsias. A morte de populações civis indefesas, crises humanitárias e ameaças à paz e à segurança internacional são intoleráveis nos dias de hoje. O ministro Carlos França também abordou o ingresso do Brasil na OCDE, Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a abertura de embaixadas e a realização de concursos para funcionários no exterior e a venda de energia de Itaipu. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.