Senado pode aumentar pena para mega roubos em agências bancárias, os chamados "novos cangaços" — Rádio Senado
Proposta

Senado pode aumentar pena para mega roubos em agências bancárias, os chamados "novos cangaços"

O senador Carlos Viana (MDB-MG) apresentou um projeto para tipificar mega roubos a bancos em ato de terrorismo com pena de 12 a 30 anos de prisão, além das sanções correspondentes à ameaça ou à violência. Para ele, as quadrilhas que usam a tática de domínio das cidades, fechando municípios e fazendo pessoas reféns, praticam terrorismo. O projeto que trata do “novo cangaço” ainda precisa ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e pelo Plenário do Senado.

21/03/2022, 15h58 - ATUALIZADO EM 21/03/2022, 16h00
Duração de áudio: 02:52
Reprodução

Transcrição
SENADO PODE VOTAR AUMENTO DE PENA PARA MEGA ROUBOS A AGÊNCIAS BANCÁRIAS, OS CHAMADOS “NOVOS CANGAÇOS”.   AO ENQUADRAR O CRIME NA LEI DE TERRORISMO, O TEMPO DE PRISÃO PODERÁ CHEGAR A 30 ANOS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. O senador Carlos Viana, do MDB de Minas Gerais, apresentou um projeto que vai incluir na lista de atos terroristas os mega roubos a bancos praticados por quadrilhas especializadas. Segundo a proposta,  “roubar dinheiro ou valor, para si ou outrem, mediante domínio territorial, ainda que momentâneo, para assegurar a consumação do crime ou a fuga dos integrantes da organização”, mesmo que a ação não tenha sido praticada por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião, resultará em uma pena de 12 a 30 anos de prisão, além das sanções correspondentes à ameaça ou à violência. Para Carlos Viana, praticam terrorismo os grupos criminosos que usam a tática de domínio das cidades, fechando municípios e fazendo pessoas de reféns, com o uso de armamento pesado e explosivos.  Quando são invadidas por quadrilhas muito bem armadas organizadas e que desafiam o estado. Eles não estão ali apenas colocando em risco a vida de policiais, das pessoas que se tornam reféns. Eles estão fazendo um desafio ao Estado Democrático de Direito em nosso país. E o terrorismo é tipificado assim: são ações que podem colocar em risco uma Nação, um povo, um determinado grupo por organização criminosa. Carlos Viana acredita que o aumento da pena para mega roubos a agências bancárias poderá inibir o chamado novo cangaço. Mas reiterou que as polícias devem fazer sua parte atuando na prevenção por meio do serviço de inteligência. Daí a nossa proposta, uma medida ousada, corajosa. O País tem que dizer não ao novo cangaço, a essas quadrilhas e tem que agir com muita firmeza. Além dos serviços de inteligência e de combate, enfrentamento, as leis, as penas têm que ser muito duras. E eu espero que o projeto receba aprovação muito breve. Ao defender o aumento das penas, Carlos Viana citou os mega roubos a agências bancárias ocorridos em 2020 em Araraquara, São Paulo; em São Paulo do Potengi, Rio Grande do Norte e em Criciúma, Santa Catarina. E no ano passado em Cambará, no Paraná; Mococa, Jarinu e Araçatuba em São Paulo; Bom Jardim no Maranhão e Araçu em Goiás. Em outubro do ano passado, 26 suspeitos de uma quadrilha foram mortos pela polícia, que impediu a invasão a um centro de distribuição de dinheiro do Banco do Brasil em Varginha, Minas Gerais. O projeto que inclui o novo cangaço na lista de atos terroristas ainda precisa ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e pelo Plenário do Senado para então ser enviado à Câmara dos Deputados. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

Ao vivo
00:0000:00