CE aprova inclusão da educação física na LDB — Rádio Senado
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CE aprova inclusão da educação física na LDB

A Comissão de Educação aprovou nesta quinta-feira (10) o PL 3467/2019, que inclui na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional a valorização da educação física e a promoção do desporto escolar como forma de desenvolvimento integral do cidadão. A autora, Leila Barros (DF), defende que é fundamental criar no país uma cultura esportiva, de bem estar e saúde. Já o relator, Izalci Lucas (PSDB-DF), retirou a obrigatoriedade das aulas de educação física no ensino superior. A proposta segue para a Câmara dos Deputados.

10/03/2022, 12h48 - ATUALIZADO EM 10/03/2022, 14h14
Duração de áudio: 02:41
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
A COMISSÃO DE EDUCAÇÃO APROVOU A INCLUSÃO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ENTRE AS DIRETRIZES DE ENSINO, COM A OBRIGATORIEDADE DE AULAS PARA TODO O ENSINO BÁSICO. A PROPOSTA FOI APROVADA DE FORMA TERMINATIVA E SEGUE PARA ANÁLISE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS. A  REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA A Comissão de Educação aprovou uma proposta que inclui a valorização da Educação Física entre as diretrizes e bases da educação nacional. Atualmente, a disciplina já é componente curricular obrigatório da educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. Com a aprovação do projeto, a obrigatoriedade passaria a constar na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Para a autora, senadora Leila Barros, do Distrito Federal, a medida reforça a importância da educação física como um dos diretos dos alunos.  Pós-pandemia, eu acredito que fisicamente a gente vai ter um acréscimo muito grande na grade curricular de educação física, oferecendo uma educação física de qualidade. Até porque nós sabemos que uma das sequelas são as questões respiratórias e a gente sabe que esse trabalho na educação física vai ser fundamental. Implementar uma cultura esportiva, do bem estar, da saúde, esse é nosso instuito com esse projeto. A proposta inicial previa a obrigatoriedade das aulas de educação física em todos os níveis de ensino público. Mas o Ensino Superior foi excluído pelo relator, senador Izalci Lucas do PSDB do Distrito Federal, sob argumento da necessidade de investimentos para instalações físicas nas universidades, contratação de professores e a compra de equipamentos. Izalci defendeu, ainda, que os alunos do ensino superior já recebem, nos anos anteriores, os conceitos necessários para que pratiquem algum tipo de atividade.  Eu sei que o Conselho Nacional de Educação é responsável por definir os currículos, mas não poderíamos deixar de colocar esse projeto para que nas escolas tenha assim de uma forma definitiva, de uma forma bem clara de que o esporte é fundamental. Disciplina, hierarquia, coordenação motora. E fundamental para a questão social incusive, a sociabilidade das crianças e dos jovens. E nas escolas hoje praticamente não têm mais educação física. O projeto também cria um intervalo mínimo de quinze minutos para os estudantes entre a aula de educação física e a seguinte. E garante prioridade no ingresso de professores das redes públicas de ensino em cursos de licenciatura em educação física, como já acontece com os cursos de matemática, física, química, biologia e língua portuguesa. Aprovada de forma terminativa pela Comissão de Educação, a proposta segue para análise da Câmara dos Deputados. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

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