Decretação da pandemia pela OMS completa dois anos — Rádio Senado
Pandemia

Decretação da pandemia pela OMS completa dois anos

A Organização Mundial da Saúde decretou estado de pandemia em relação ao coronavírus em 11 de março de 2020. Nos últimos dois anos, o Senado Federal passou por diversas mudanças como a implantação de um sistema de deliberação remota, a instalação de uma CPI para investigar ações e omissões do governo federal durante a pandemia e a construção de um memorial em homenagem às mais de 650 mil vítimas fatais do vírus.

09/03/2022, 11h05 - ATUALIZADO EM 09/03/2022, 11h40
Duração de áudio: 05:00
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Transcrição
LOC: A DECRETAÇÃO DO ESTADO DE PANDEMIA EM RELAÇÃO AO CORONAVÍRUS PELA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE ACONTECEU HÁ DOIS ANOS, EM 11 DE MARÇO DE 2020. LOC: RELEMBRE UM POUCO DESSA HISTÓRIA E AS AÇÕES DO SENADO DURANTE ESSE PERÍODO COM O REPÓRTER RODRIGO RESENDE. O programa Conexão Senado, da Rádio Senado, começou assim em 12 de março de 2020. Um dos apresentadores, Jeziel Carvalho, não suspeitava que aquele decreto elevando a questão do coronavírus a uma pandemia editado pela OMS no dia anterior fosse mexer tanto com a vida de todos: Jeziel Carvalho - um medo de que, ou de quando a pandemia chegaria no Brasil. Mas a gente não tinha nem ideia de como ou de quão grave seria essa pandemia.  Adriano Faria, o outro apresentador do Conexão, lembra o receio que se repetisse no Brasil as cenas da Europa: Adriano Faria –  E víamos aquelas imagens principalmente na Itália de hospitais lotados, pacientes morrendo na porta dos hospitais por falta de ar porque não havia respirador. A própria OMS, Organização Mundial daSaúde, ainda tateava a situação. O reconhecimento da pandemia se mostrou tardio na visão de muitos, como defende o senador Marcos Rogério, do PL de Rondônia: Marcos Rogério –  O próprio reconhecimento da pandemia somente em onze de março de dois mil e vinte se mostrou uma falha da OMS.  Por causa do avanço do coronavírus, tudo mudou. Inclusive as sessões do Senado Federal: Anastasia –    Formalmente a essa sessão que reputo histórica tendo em vista que se trata da primeira de deliberação remota do parlamento brasileiro. Você acaba de ouvir o então senador Antônio Anastasia, na ocasião vice-presidente do Senado, abrindo a primeira sessão deliberativa remota da história. O presidente do senado, Davi Alcolumbre, havia testado positivo para covid e não pode estar naquele momento. O avanço da covid foi cruel. Em agosto de 2020, já eram 100 mil brasileiros mortos, fato lamentado por Jean Paul Prates, do PT do Rio Grande do Norte: Jean Paul –    Cada uma dessas pessoas abatidas pelo coronavírus tem importância. Precisamos olhar mais de perto como parte do luto que o país deve experimentar. Também em agosto daquele ano, aconteceu a morte de um servidor do Senado. O fato foi destacado por Davi Alcolumbre: Davi Alcolumbre –   Os pêsames a todos os familiares do nosso cinegrafista da TV Senado, Carlos Alberto Pereira da Silva. Infelizmente foi vítima do coronavírus. Três senadores morreram no exercício do mandato em função da covid-19: Arolde de Oliveira, do PSD do Rio de Janeiro, José Maranhão, do MDB da Paraíba e Major Olímpio, do PSL de São Paulo. A esperança para a diminuição das perdas de vidas tinha apenas um nome: vacina. Esse foi um trecho da abertura do Jornal do Senado na Voz do Brasil em 18 de Janeiro de 2021, um dia após a aprovação pela Anvisa e a aplicação das primeiras vacinas contra o coronavírus no Brasil. A partir daí a vacinação começou a passos lentos, o que motivou, em abril de 21, a implantação de uma CPI da Pandemia no Senado. Omar Aziz, do PSD do Amazonas, foi eleito presidente da Comissão: Omar -   Não dá pra gente discutir questões políticas em cima de quase quatrocentos mil mortos. Eu não me permito fazer isso.  O relator da CPI, Renan Calheiros, do MDB de Alagoas, depois de 6 meses de trabalho, teve o relatório aprovado com 7 votos favoráveis e 4 contrários. Foram pedidos 80 indiciamentos, inclusive o do Presidente da República Jair Bolsonaro: Renan –   Pela trágica condução no enfrentamento da pandemia, assessorado pelos piores ministros da nossa história, seja do gabinete clandestino e paralelo, seja do oficial. Mas os senadores governistas contestaram o relatório de Renan. Foi o caso de Jorginho Mello, do PL de Santa Catarina: Jorginho Mello -   É a mesma narrativa do começo. Construíram um enredo para responsabilizar, pra criminalizar o presidente da república. Um dos resultados da CPI foi a construção de um memorial em homenagem às vítimas da covid-19 no interior do prédio do Senado. O presidente da casa, Rodrigo Pacheco, no dia da inauguração do memorial, ressaltou que nenhuma história deve ser esquecida: Rodrigo Pacheco –   Cada uma dessas vítimas por certo deixou marcas em seus familiares, em seus amigos, no lugar onde viveu.  Após dois anos da decretação da Pandemia, pelo menos 650 mil brasileiros perderam a vida em função da covid-19. Da Rádio Senado, Rodrigo Resende.

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