Senadores cobram atuação da ONU para acabar com a guerra na Ucrânia — Rádio Senado
Relações Exteriores

Senadores cobram atuação da ONU para acabar com a guerra na Ucrânia

Os senadores mantêm preocupação com a situação da Ucrânia. O senador Humberto Costa (PT-PE) cobrou uma intervenção do Conselho de Segurança das Nações Unidas intervenha para acabar com o conflito. Já o senador Carlos Viana (PSD-MG) classificou de retrocesso a guerra e alertou para o respeito à soberania. A ONU revelou a fuga de 50 mil da Ucrânia em dois dias de guerra e 500 brasileiros esperam uma missão de resgate do Itamaraty.

25/02/2022, 18h21 - ATUALIZADO EM 25/02/2022, 18h21
Duração de áudio: 02:27
Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
SENADORES FAZEM APELOS PARA QUE AS NAÇÕES UNIDAS ATUEM PARA ACABAR COM O CONFLITO ENTRE RÚSSIA E UCRÂNIA. EM DOIS DIAS DE GUERRA, MAIS DE 50 MIL PESSOAS DEIXARAM O PAÍS. E 500 BRASILEIROS ESPERAM MISSÃO DE RESGATE DO ITAMARATY. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. Os senadores acompanham com preocupação a invasão da Ucrânia pela Rússia, que teve início nessa quinta-feira. A capital do país, Kiev, está cercada por tropas de Moscou. O governo da Ucrânia já sinaliza desistir de ser integrante da OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança militar de 30 países, entre eles, Estados Unidos. O gesto enfraqueceria o discurso do presidente Vladimir Putin para manter o conflito. A própria OTAN já mobilizou 40 mil homens para atuarem nas nações próximas à Ucrânia. Integrante da Comissão de Relações Exteriores, o senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, lamentou o que chamou de deflagração da guerra. Ele defendeu que o Conselho de Segurança das Nações Unidas intervenha para acabar com o conflito. Me preocupa a possibilidade de que isso possa se alastrar. Por um lado, se é fato que a Rússia tem o direito de se proteger contra o avanço da OTAN, por outro lado, não lhe cabe direito de invadir qualquer país sob o pretexto da autodefesa. Nós queremos aqui reafirmar a necessidade do encontro de uma saída política e diplomática. O senador Carlos Viana, do PSD de Minas Gerais, declarou que essa guerra chama a atenção para o conceito da soberania, em que um País é autônomo, independente para definir as questões política e econômica, e livre de ataques. Carlos Viana classificou de retrocesso a decisão de Moscou de invadir o território ucraniano. Eu vejo os acontecimentos na Ucrânia com muita tristeza, principalmente pelo ano de 2022 em que nós já esperávamos que todos os conflitos podem ser resolvidos pacificamente, sem bombardeios, sem mortes, sem guerras. É um retrocesso que a humanidade espera vencer e quem sabe no futuro não assistiremos mais esse tipo de situação. Segundo dados das Nações Unidas, 50 mil pessoas deixaram o território da Ucrânia em dois dias de guerra. Eles se deslocaram para a Polônia e para a Moldávia. Pelo menos 500 brasileiros estão na Ucrânia e já pediram ajuda do Itamaraty para deixar o país do Leste Europeu. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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