Congresso vai debater morte de congolês no Rio de Janeiro — Rádio Senado
Comissão mista

Congresso vai debater morte de congolês no Rio de Janeiro

A Comissão Mista Permanente sobre Migrações Internacionais e Refugiados vai debater a morte do congolês Moise Kabagambe, no Rio de Janeiro. Moise foi espancado até a morte em um quiosque na praia da Barra da Tijuca. O presidente da CCMIR, senador Paulo Paim (PT-RS) considera que o espancamento do refugiado congolês é um reflexo da desumanização da população negra no Brasil.

02/02/2022, 13h01 - ATUALIZADO EM 02/02/2022, 13h01
Duração de áudio: 01:52
Reprodução/Facebook

Transcrição
A COMISSÃO MISTA PERMANENTE SOBRE MIGRAÇÕES INTERNACIONAL E REFUGIADOS VAI DEBATER A MORTE DO CONGOLÊS MOISE (MUÍSE) KABAGAMBE, NO RIO DE JANEIRO. ELE FOI ESPANCADO ATÉ A MORTE EM UM QUIOSQUE NA PRAIA DA BARRA DA TIJUCA APÓS COBRAR UMA DÍVIDA TRABALHISTA. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, considera que o espancamento do refugiado congolês Moise Kabagambe é um reflexo da desumanização da população negra no Brasil. Esse crime como tantos outros não pode ficar impune. A naturalização do racismo e das desigualdades é a grande violência. O país precisa enfrentar a questão. Para que possamos oferecer o bem-estar ao povo brasileiro e a todos os estrangeiros que estiverem em nosso país. Paim, que preside a Comissão Mista Permanente sobre Migrações Internacionais e Refugiados, disse que vai tratar do tema em audiência pública na próxima semana. Para tratar desse crime bárbaro e denunciar as mais diversas formas de violência sofridas pelos c. a violência aumenta a cada dia, é contra criança, mulheres, e contra negros e negras, refugiados, imigrantes. Que país é esse. Infelizmente a pátria amada não trata os filhos negros como mãe gentil. A Justiça já decretou a prisão de 3 suspeitos do espancamento. Um deles, negro, afirmou que a briga não foi por causa da cor da pele ou pelo país do refugiado. Disse que entrou na briga para defender um senhor de outro quiosque e que a morte teria sido uma fatalidade. Segundo a família, Moise foi cobrar uma dívida do dono do quiosque e acabou agredido. Imagens divulgadas pela polícia mostraram uma briga entre Moise e 3 pessoas. Outros 2 homens apareceram depois e bateram no congolês com um pedaço de madeira quando ele já estava no chão, imobilizado. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.

Ao vivo
00:0000:00