Projeto que proíbe venda de refrigerantes em escolas da educação básica vai a Plenário — Rádio Senado

Projeto que proíbe venda de refrigerantes em escolas da educação básica vai a Plenário

Será votado em Plenário o projeto que proíbe venda e distribuição gratuita de refrigerantes em escolas da educação básica (PLS 9/2017). De autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a proposta visa prevenir obesidade e diabetes entre crianças e adolescentes. A relatora na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), senadora Zenaide Maia (Pros-RN), que é médica, alertou que essas bebidas com alto teor de açúcar causam diabetes, doenças cardíacas e cerebrovasculares. O recurso para que o texto fosse a Plenário é do senador Eduardo Braga (MDB-AM) e outros senadores.

19/01/2022, 13h30 - ATUALIZADO EM 19/01/2022, 13h32
Duração de áudio: 02:38
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Transcrição
SERÁ VOTADO EM PLENÁRIO O PROJETO QUE PROÍBE A VENDA DE REFRIGERANTES EM ESCOLAS DA EDUCAÇAO BÁSICA. A PROPOSTA VISA PREVENIR OBESIDADE E DIABETES ENTRE CRIANÇAS E ADOLESCENTES. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES. O projeto proíbe tanto a venda como a distribuição gratuita de refrigerantes em escolas da educação básica. Também obriga a impressão de alerta nos rótulos sobre os malefícios causados à saúde. O autor, senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, disse que a ideia é seguir a tendência mundial de conscientizar as pessoas sobre o perigo de consumir essas bebidas, que contêm quantidade excessiva de açúcar e causam sérios danos à saúde. Entre os problemas, estão obesidade e diabetes, explicou a relatora da proposta na Comissão de Assuntos Sociais, senadora Zenaide Maia, do Pros potiguar, que é médica. Por causa do consumo de bebidas açucaradas, todos os anos são diagnosticados mais de 700 mil crianças e dois milhões de adultos com excesso de peso. E são cerca de 12 mil mortes anuais decorrentes de diabetes, doenças cardíacas e cerebrovasculares. Segundo a Organização Mundial da Saúde, em menos de 10 anos o Brasil será o quinto país com mais crianças e adolescentes obesos. Zenaide ressaltou ainda que o sistema de saúde brasileiro gasta quase R$ 3 bilhões por ano com tratamento de doenças causadas pelo consumo de excesso de açúcar. Isso aqui é para a gente proteger as crianças da obesidade infantil. Na verdade, o refrigerante não é um alimento em si, gente. E, nas escolas privadas, os nossos filhos e netos já não têm, já é proibido isso. Só no ensino básico, gente. Aqui a lei é para público e privado, mas, as privadas, já têm esse privilégio as crianças. Vamos proteger 70% das crianças deste país que estudam em escolas públicas! O senador Paulo Paim, do PT gaúcho, também defendeu a proposta. Vem em boa hora esse projeto agora porque a obesidade das nossas crianças é algo assim muito, muito grave. Na cantina, se deixar, vendem até droga, como diz o outro, né? E nós, todos nós somos contra a droga e qualquer tipo de refrigerante que venha a contribuir para a obesidade. A proposta já foi aprovada pelas comissões de Defesa do Consumidor e, em caráter terminativo, na de Assuntos Sociais, e poderia seguir diretamente para a análise dos deputados. A pedido do senador Eduardo Braga, do MDB do Amazonas, a proposta será votada em Plenário antes de seguir para Câmara. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.

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