CCJ recebe para análise projeto que endurece penas contra maus-tratos a animais — Rádio Senado
Proposta

CCJ recebe para análise projeto que endurece penas contra maus-tratos a animais

Projeto aprovado na Comissão de Meio Ambiente (CMA) aumenta para até 4 anos de prisão a pena para quem praticar maus-tratos a animais domésticos e silvestres (PLC 134/2018). O relatório do senador Fabiano Contarato (PT-ES) ainda determina como agravantes em até um terço a zoofilia, a morte do animal ou a reincidência em maus-tratos. A proposta seguiu para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

07/01/2022, 13h39 - ATUALIZADO EM 07/01/2022, 13h39
Duração de áudio: 01:54
Pollyanna Maliniak/ALMG

Transcrição
QUEM PRATICAR MAUS-TRATOS A ANIMAIS PODERÁ PEGAR ATÉ QUATRO ANOS DE PRISÃO. UM PROJETO DE LEI COM ESSE OBJETIVO FOI APROVADO NA COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E ESTÁ EM ANÁLISE NA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES. Segundo o projeto, maus-tratos são abusos, mutilação ou ferimentos contra animais domésticos e silvestres. A atual Lei de Crimes Ambientais prevê prisão de 3 meses a 1 ano e multa. E em caso de morte do animal, a pena é aumentada de um sexto a um terço. O projeto aprovado na Comissão de Meio Ambiente estabelece pena de dois a quatro anos de detenção e determina como agravantes em até um terço a zoofilia, a morte do animal ou a reincidência em maus-tratos. O relatório do senador Fabiano Contarato, do PT do Espírito Santo, lido por Jayme Campos, do Democratas mato-grossense, ressaltou que, recentemente, a pena para maus-tratos a cães e gatos passou para até cinco anos de prisão. Para Jayme Campos, a proposta aperfeiçoa a legislação. Há situações de abuso que podem não ser caracterizadas como maus-tratos ou mutilação, como o abandono de animais domésticos ou infligir morte desnecessária a estes animais, ainda que não dolorosamente, como, por exemplo, eutanasiar um cão saudável apenas porque seu dono não o quer mais – é uma loucura isso aí. Assim, o PLS 134 de 2018 vem no sentido de avançar mais um degrau no aperfeiçoamento da Lei de Crimes Ambientais. Ao endurecer as penas, a proposta também contribui para o combate ao tráfico de animais silvestres, que gera sofrimento aos bichos, além de impactar a natureza com o risco de contaminação por zoonoses, de introdução de espécies invasoras, perda de diversidade genética, extinção de espécies e desequilíbrio na capacidade de regeneração de ecossistemas. O texto seguiu para análise da Comissão de Constituição e Justiça. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.

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