Senado discute viabilidade de festas de fim de ano e Carnaval — Rádio Senado
Sessão temática

Senado discute viabilidade de festas de fim de ano e Carnaval

O Senado discutiu nesta quinta-feira (09/12) a viabilidade de festas de fim de ano e Carnaval. Infectologistas alertam para surgimento de nova onda da covid-19. Representante do setor de eventos teme prejuízos e pede coerência na exigência de protocolos sanitários. A Anvisa defende vacinação e uso de máscaras.

09/12/2021, 13h48 - ATUALIZADO EM 09/12/2021, 14h32
Duração de áudio: 03:27
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
O SENADO DISCUTIU HOJE A VIABILIDADE DAS FESTAS DE FIM DE ANO E DO CARNAVAL DE 2022 E O RISCO DE RETROCESSO NO COMBATE À PANDEMIA. INFECTOLOGISTAS ALERTAM PARA RISCO DE TRANSMISSÃO DA NOVA VARIANTE DA COVID-19. REPRESENTANTES DO SETOR DE EVENTOS TEMEM NO ENTANTO UMA NOVA PARALISAÇÃO TOTAL E PEDEM "COERÊNCIA" NA APLICAÇÃO DE MEDIDAS SANITÁRIAS. REPÓRTER RAQUEL TEIXEIRA. O Brasil vive hoje seu melhor momento desde o início da pandemia, com 65% da população completamente vacinada e média móvel estável diária de cerca de 200 mortes causadas pela covid-19 e 9 mil diagnósticos. Com essa melhora e a flexibilização das medidas sanitárias, é seguro comemorar o reveillon e o carnaval? Era essa pergunta que incomodava Nelsinho Trad, do PSD do Mato Grosso do Sul, que pediu uma sessão temática para ouvir a opinião de especialistas. O Brasil está preparado para realizar com segurança as festas de carnaval e do final do ano, considerando o atual cenário da pandemia da covid? Sabemos, de um lado, que o Brasil vive hoje o melhor momento em quase dois anos de pandemia. O êxito da cobertura vacinal, aliado a indicadores que demonstram a diminuição da mortalidade e das internações sugerem a possibilidade de retomada de atividades de caráter vacinal e coletivo, cujas restrições já vêm sendo flexibilizadas em boa parte do país. Diante do cenário de incerteza mundial, relacionado ao surgimento de variantes da covid-19, pesquisadores da Fiocruz e infectologistas consideram que ainda não há segurança suficiente para permitir grandes aglomerações, já que seria impossível garantir o uso de máscaras e outras medidas de proteção da saúde. Para o representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, Nésio Fernandes, eventos de entretenimento trazem alto risco sanitário para o Brasil. Ele defendeu a ampliação do uso do passaporte vacinal em atividades de lazer. Nós entendemos que as atividades de entretenimento são de muito alto risco e o movimento de passaporte da vacina precisa ser amplificado em todo o território nacional. Sem ampla cobertura vacinal, sem ampla capacidade de testagem, os eventos não somente do carnaval mas do ciclo verão colocam a população brasileira num contexto de alto risco e de descontrole da pandemia. O presidente da Associação Brasileira de Promotores de Eventos, Doreni Caramori, lembrou que setor foi o maior prejudicado com a paralisação total de atividades desde 2020, e que vem tomando precauções na retomada. Ele pediu coerência na aplicação de protocolos sanitários em todas as áreas econômicas e sociais. Nós precisamos operar o princípio da precaução de maneira objetiva, coerente e justa, respeitando as características de operação de todos os setores. Vai ter precaução no transporte coletivo? No estádio de futebol? Nas praias lotadas? Peço apenas que a gente mantenha a coerência no processo de retomada, que ele seja feito de maneira uniforme também comparativamente com todos os outros setores econômicos que geram aglomerações e que, eventualmente, não podem controlar protocolos sanitários. Mesmo considerando as novas restrições temporárias impostas para entrada no País, como a exigência do certificado de vacinação, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária recomenda a adoção de medidas de proteção como o uso de máscara e o distanciamento físico, combinados com a vacinação e testagem da população. Da Rádio Senado, Raquel Teixeira.

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