Senado aprova criação da Política Nacional de Enfrentamento ao Alzheimer — Rádio Senado
Saúde

Senado aprova criação da Política Nacional de Enfrentamento ao Alzheimer

O Senado aprovou a criação da Política Nacional de Enfrentamento ao Alzheimer e outras demências. O objetivo da proposta (PL 4364/2020) é organizar uma rede de atenção à saúde mental de idosos, além de promover o diagnóstico e o tratamento nos estágios iniciais da doença. O autor, Paulo Paim (PT-RS), lembrou que com o envelhecimento da população, a expectativa é que o número de pessoas com doenças cognitivas cresça nos próximos anos, o que vai aumentar a demanda por assistência especializada.

16/11/2021, 22h29 - ATUALIZADO EM 16/11/2021, 22h31
Duração de áudio: 01:50
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Transcrição
LOC: O SENADO APROVOU A CRIAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE ENFRENTAMENTO AO ALZHEIMER E OUTRAS DEMÊNCIAS. LOC: O OBJETIVO DA PROPOSTA É ORGANIZAR UMA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE MENTAL DE IDOSOS, ALÉM DE PROMOVER O DIAGNÓSTICO E O TRATAMENTO NOS ESTÁGIOS INICIAIS DA DOENÇA. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. O Alzheimer não tem cura, mas o avanço dos sintomas, como perda de memória e dificuldade de raciocínio ou comunicação, pode ser adiado caso a doença seja diagnosticada no início. Com esse objetivo, a nova política de enfrentamento ao Alzheimer prevê a capacitação dos trabalhadores da saúde para identificar sinais e sintomas iniciais da doença. O relator da proposta, Romário, do PL do Rio de Janeiro, explicou que todos os programas e serviços já existentes serão agregados em uma rede de atenção à saúde mental de idosos, com foco no diagnóstico precoce, acompanhamento do paciente e no estímulo a hábitos saudáveis e prevenção. O projeto está em sintonia com o objetivo do Plano de Ação Global para as Demências 2017- 2025, que visa a melhorar a vida de pessoas com demência, de familiares e de cuidadores e, ao mesmo tempo, diminuir o impacto social da doença por meio de medidas como: priorização do tema no âmbito das políticas na área de saúde; visibilização social do problema; acesso a diagnóstico, tratamento e cuidados especializados; apoio aos cuidadores; criação de banco de dados epidemiológicos e estímulo à pesquisa e à inovação. O autor, Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, lembrou que com o envelhecimento da população, a expectativa é que o número de pessoas com doenças cognitivas cresça nos próximos anos, o que vai aumentar a demanda por assistência especializada. A projeção é de que 139 milhões de pessoas sejam afetadas por alguma demência até 2050, claro, no mundo. A cada três segundos alguém no mundo desenvolve alguma demência. Atualmente 1,5 milhões de brasileiros sofre de demência; a maioria, Alzheimer. O Sistema Único de Saúde deve também registrar os casos de Alzheimer e outras demências, para facilitar a troca de dados clínicos, além de financiar a pesquisa e o desenvolvimento de tratamentos e remédios. Da Rádio Senado, Roberto Fragoso.

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