CTFC vai debater afundamento de bairros em Maceió — Rádio Senado
Cidades

CTFC vai debater afundamento de bairros em Maceió

A Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) vai debater os desdobramentos do afundamento dos bairros do Pinheiro, Mutange, Bebedouro e Bom Parto, em Maceió (AL), que resultou na remoção de 40 mil pessoas. Segundo o autor do pedido para a audiência pública, senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL), é preciso analisar a situação dos acordos firmados entre Ministérios Públicos Estadual e Federal e a Braskem, mineradora responsável pelo rebaixamento do solo.

09/11/2021, 18h58 - ATUALIZADO EM 09/11/2021, 18h58
Duração de áudio: 02:33
Foto: Erik Maia / Maceió

Transcrição
COMISSÃO DE TRANSPARÊNCIA, FISCALIZAÇÃO E CONTROLE E DEFESA DO CONSUMIDOR VAI PROMOVER AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR DESDOBRAMENTOS DO AFUNDAMENTO DOS BAIRROS DO PINHEIRO, MUTANGE, BEBEDOURO E BOM PARTO, EM MACÉIO, ESTADO DE ALAGOAS. EM 2019, O COLEGIADO REALIZOU DEBATE SOBRE A SITUAÇÃO NA REGIÃO, DANDO NOVO DIRECIONAMENTO AO TRATAMENTO DO PROBLEMA. REPORTAGEM DE REGINA PINHEIRO  Autor do requerimento para a audiência pública, o senador Rodrigo Cunha do PSDB de Alagoas explica que, já em 2019, a Comissão ouviu ao longo de mais de dez horas, 22 agentes envolvidos diretamente na busca de soluções para o afundamento dos bairros do Pinheiro, Mutange, Bebedouro e Bom Parto, no município de Maceió, Alagoas: Na verdade, é dar continuidade a uma audiência pública que já foi realizada em 2019, uma audiência pública marcante não apenas para o Estado de Alagoas, mas para este país, em que ficou demonstrado que quatro bairros na capital alagoana, Maceió, estavam sofrendo pelo descaso. E, após aquela audiência, tivemos o compromisso da CPRM, da ANA, do Ministério de Minas e Energia, e conseguimos ter um desdobramento que fez com que aquele caso apresentasse uma luz no fim do túnel. Rodrigo Cunha explica que, após estudo do Serviço Geológico do Brasil, foi identificada a relação direta do afundamento com a extração de sal-gema realizada pela empresa petroquímica Braskem. O senador conta que o afundamento colocou em risco a vida de 40 mil pessoas e continua gerando impactos nas áreas humanitária, de saúde pública, segurança, patrimônio público e privado, assistencial, habitacional e ambiental: 40 mil pessoas saíram das suas residências, no centro da capital alagoana. Então, imagine o impacto disso na economia, imagine o impacto disso no meio ambiente, mas imagine, na vida das pessoas, você ter que sair da sua residência. Hoje ainda se tem muitas dúvidas sobre os acordos que foram firmados, sobre as empresas que havia naquele local e que precisaram sair. E por isso, por ter firmado um acordo entre o Ministério Público Estadual, Federal, Defensoria Pública da União, Defensoria Pública Estadual e a Braskem, que foi a mineradora que explorou durante mais de 40 anos aquele solo, o que fez com que tivesse esse rebaixamento e esses tremores, que se possa identificar a atual situação dos bairros em afundamento. Rodrigo Cunha destaca que, recentemente, o Conselho Nacional de Justiça reconheceu o chamado “Caso Pinheiro” como a maior tragédia que o Brasil já evitou. A data da audiência pública ainda será definida. Da Rádio Senado, Regina Pinheiro

Ao vivo
00:0000:00