Debatedores concordam com a manutenção da vacinação de adolescentes — Rádio Senado
Pandemia da Covid-19

Debatedores concordam com a manutenção da vacinação de adolescentes

Debatedores em audiência pública na comissão que acompanha as ações relacionadas à covid-19 avaliam que adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades devem ser vacinados. O Ministério da Saúde determinou a retomada da vacinação nesta faixa etária, após uma investigação concluir que a morte de uma adolescente em São Paulo, após tomar vacina da Pfizer, foi causada por uma doença autoimune.

27/09/2021, 18h48 - ATUALIZADO EM 27/09/2021, 18h48
Duração de áudio: 03:10
Foto: Tony Oliveira/ Agência Brasília

Transcrição
AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO TEMPORÁRIA DA COVID-19 DISCUTIU A INTERRUPÇÃO OU CONTINUIDADE DA CAMPANHA DE VACINAÇÃO PARA ADOLESCENTES CONTRA A COVID-19 DEBATEDORES CONCLUÍRAM QUE A VACINAÇÃO CONTRA COVID-19 DE ADOLESCENTES ENTRE 12 A 17 ANOS, SEM COMORBIDADES, DEVE SER MANTIDA. REPORTAGEM DE REGINA PINHEIRO No último dia 15 de setembro, o Ministério da Saúde, em uma medida cautelar para garantir a segurança da vacinação, suspendeu a imunização de adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades. A decisão foi tomada após a morte de uma adolescente no estado de São Paulo que havia tomado a vacina da Pfizer, a única permitida para essa faixa etária. Rosana Leite de Melo, da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, esclareceu que 4,5 milhões de adolescentes já foram vacinados e que a Anvisa concluiu que a morte da adolescente pós-vacinação estava relacionada a uma doença autoimune, a púrpura. Com a conclusão, a vacinação dessa faixa etária foi retomada. A secretária explicou que a imunização dos adolescentes é justificável pois, apesar de a covid-19 causar baixa mortalidade,  eles podem transmitir a doença para grupos vulneráveis:   Nós sabemos da importância da vacinação, principalmente em um país latino como o nosso, na nossa cultura, em que nós nos abraçamos, isso é muito difícil, nós temos muito contato. E é um público que tem muita mobilidade, principalmente de 15 a 17 anos. Então, por mais que eles fiquem assintomáticos, eles transmitem. Então essa é a ideia principal para nós imunizarmos essas faixas etárias. Também, é claro, a proteção da doença em si.  A iniciativa do debate foi do senador Esperidião Amin do PP de Santa Catarina. Ele disse que a instabilidade dos últimos dias em relação à vacinação de adolescentes prejudica a imunização: De anúncio, de desconfirmação, de reconfirmação...Só gera uma instabilidade desnecessária, artificial, que não contribui em nada a não ser em aumentar o pavor dos que já estavam com medo. Mas eu fiquei como brasileiro muito triste com o que eu assisti nesses últimos 30 dias a respeito de controvérsias sobre a quem vacinar. O Secretário de Estado de Saúde do Espírito Santo e Vice-Presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde Região Sudeste, Nésio Fernandes de Medeiros Junior criticou a suspensão unilateral da vacinação feita pelo Ministério da Saúde no dia 15 e pediu que medidas cautelares sejam tomadas apenas depois de consultados os conselhos de saúde. Já o assessor técnico do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, Alessandro Aldrin Chagas, afirmou que os grupos prioritários para vacinação foram definidos pela escassez de vacinas, mas que, com imunizantes suficientes, todos devem ser vacinados. Da Rádio Senado, Regina Pinheiro

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