Empresário nega vantagem, mas confirma tentativa de fraude em licitação no Ministério da Saúde — Rádio Senado
CPI da Pandemia

Empresário nega vantagem, mas confirma tentativa de fraude em licitação no Ministério da Saúde

O empresário Marconny Faria atribuiu à Precisa Medicamentos uma tentativa de fraude na venda de teste rápido para o Ministério da Saúde. Ele negou envolvimento no contrato da vacina indiana covaxin avaliado em R$ 1,6 bilhão. Marconny Faria confirmou amizade com Jair Renan Bolsonaro; o dono da Precisa, Francisco Maximiano; Karina Kufa, advogada da família Bolsonaro, e ex-servidores do Ministério da Saúde.

15/09/2021, 12h56 - ATUALIZADO EM 15/09/2021, 12h56
Duração de áudio: 01:24
Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
EMPRESÁRIO NEGA ENVOLVIMENTO NA COMPRA DE VACINAS, MAS CONFIRMA TENTATIVA DE FRAUDE PELA PRECISA MEDICAMENTOS NA VENDA DE TESTE RÁPIDO PARA O MINISTÉRIO DA SAÚDE. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. O empresário Marconny Faria disse que foi procurado pela Precisa Medicamentos para atuar politicamente na venda de teste rápido para o Ministério da Saúde. A CPI dispõe de mensagens em que o diretor da farmacêutica, Danilo Trento, detalha como desclassificar as duas empresas vencedoras nessa licitação. Marconny Faria confirmou a tentativa de fraude e atribuiu o esquema à Precisa Medicamentos. Ele negou envolvimento na venda da vacina indiana covaxin no contrato avaliado em R$ 1,6 bilhão. Houve uma mudança na diretriz do Ministério da Saúde, que optou pela testagem por outros meios, e a aquisição dos testes foi cancelada pelo próprio Ministério da Saúde. Não houve tratativas, pagamento de valores ou qualquer tipo de vantagem a mim ou a qualquer outra pessoa. Não fui contactado para nenhum outro serviço relacionado à Precisa ou ao Ministério da Saúde e muito menos à vacina. Marconny Faria confirmou amizade com o Jair Renan Bolsonaro, filho do presidente da República; Karina Kufa, advogada da família Bolsonaro, o dono da Precisa, Francisco Maximiano; e com ex-servidores do Ministério da Saúde, como Roberto Dias. Se valendo de um habeas corpus, se recusou a responder a diversas perguntas e disse não se lembrar do nome do senador que “desataria nós” nos contratos da farmacêutica.

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