Condução coercitiva pode ser usada esta semana, se depoentes faltarem à CPI — Rádio Senado
CPI da Pandemia

Condução coercitiva pode ser usada esta semana, se depoentes faltarem à CPI

A CPI da Pandemia poderá se valer de condução coercitiva caso os advogados Marcos Tolentino e Marconny Faria não compareçam ao depoimento. Tolentino, convocado para esta terça-feira (14), é suposto sócio oculto do FIB Bank, que avalizou contratos da Precisa Medicamentos. Marconny Faria, que será ouvido na quarta-feira (15), é citado como lobista da Precisa Medicamentos. Na quinta-feira (16), a CPI poderá ouvir a advogada da família Bolsonaro, Karina Kufa, ou o diretor da Precisa, Danilo Trento.

13/09/2021, 17h17 - ATUALIZADO EM 13/09/2021, 17h17
Duração de áudio: 02:16
Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
A CPI DA PANDEMIA OBTEM AUTORIZAÇÃO JUDICIAL PARA CONDUÇÃO COERCITIVA DOS DOIS ADVOGADOS CONVOCADOS PARA ESTA SEMANA, QUE APRESENTARAM ATESTADO MÉDICO PARA NÃO COMPARECEREM AO DEPOIMENTO DO INÍCIO DO MÊS. UM SERIA SÓCIO OCULTO DO FIB BANK E O OUTRO LOBISTA DA PRECISA MEDICAMENTOS, SUPOSTO ENVOLVIDO NUMA TENTATIVA DE FRAUDE NO MINISTÉRIO DA SAÚDE. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. Diante da ausência no início do mês, a CPI da Pandemia obteve autorização judicial para a condução coercitiva dos advogados Marcos Tolentino e Marconny Faria, caso não compareçam ao depoimento nesta semana. Mas a Comissão teve negado o pedido de apreensão dos passaportes das testemunhas e da obrigação de informarem viagens. Nesta terça-feira, está prevista a oitiva de Marcos Tolentino, suspeito de ser o sócio oculto do FIB Bank, instituição que não é um banco, mas que avalizou o contrato de R$ 1,6 bilhão da Precisa Medicamentos. Após denúncias de irregularidades na CPI, o Ministério da Saúde desistiu da compra das vacinas indianas. Os senadores da Comissão destacaram que o FIB Bank apresentou como garantias no valor de R$ 81 milhões terrenos inexistentes avaliados em R$ 7 bilhões. Na quarta-feira, será a vez de o advogado Marconny Faria ser ouvido. Suposto lobista da Precisa Medicamentos, ele teria envolvimento em tentativa de fraudes na licitação para a venda de testes de covid-19 ao Ministério da Saúde. Além disso, poderá ser questionado sobre a proximidade com Jair Renan Bolsonaro, filho do presidente da República.  A senadora Simone Tebet, do MDB de Mato Grosso do Sul, ressaltou que Marconny Faria já é investigado pelo Ministério Público. Em relação a Marconny, ele aparece a todo momento como é possível lobista ou intermediário tentando entrar em tudo quanto é negócio, um negócio que não necessariamente com fins públicos, visando o interesse coletivo, o interesse público. Ele aparece a todo momento em diversas denúncias apresentadas, mensagens e inclusive em processo que já está sendo investigado pelo Ministério Público Federal do Estado do Pará. Na quinta-feira, a CPI poderá tomar o depoimento da advogada da família Bolsonaro, Karina Kufa, que teria apresentado o lobista para o ex-servidor do Ministério da Saúde, Ricardo Santana, e para Jair Renan Bolsonaro. A Comissão poderá ouvir ainda o diretor da Precisa Medicamentos, Danilo Trento. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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