Presidente do Senado pede união do país em defesa da democracia — Rádio Senado
7 de Setembro

Presidente do Senado pede união do país em defesa da democracia

Feriado da Independência do Brasil tem manifestações contra e a favor do governo Bolsonaro em várias cidades do país. Senadores da oposição querem punir atos antidemocráticos. Já aliados do governo defendem liberdade de expressão da população. E presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, destaca importância do diálogo entre poderes.

08/09/2021, 13h05 - ATUALIZADO EM 08/09/2021, 13h05
Duração de áudio: 03:02
Waldemir Barreto/Agência Senado

Transcrição
FERIADO DE 7 DE SETEMBRO TEM MANIFESTAÇÕES CONTRA E A FAVOR DO GOVERNO BOLSONARO EM VÁRIAS CIDADES DO PAÍS. OPOSIÇÃO QUER PUNIR ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS. JÁ ALIADOS DEFENDEM LIBERDADE DE EXPRESSÃO. E PRESIDENTE DO SENADO DESTACA IMPORTÂNCIA DO DIÁLOGO ENTRE PODERES. REPÓRTER RAQUEL TEIXEIRA. Em cidades como Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Belém e Recife, o feriado da independência foi marcado por manifestações contra e a favor do governo Bolsonaro. Enquanto apoiadores do presidente exibiam cartazes com mensagens de crítica aos ministros do Supremo Tribunal Federal, houve protestos contra a crise institucional, a alta de preços e o número de mortos pela covid-19. Para a senadora Simone Tebet, do MDB de Mato Grosso do Sul, é preciso apoiar o Poder Judiciário. Não existe cidadania, não existe direito de votar e ser votado, de liberdade de expressão, de liberdade de ir e vir, de liberdade de imprensa se não houver democracia. Eu acho que o Supremo Tribunal Federal tem que ter o apoio maciço da sociedade brasileira neste momento pra coibir com os instrumentos constitucionais qualquer tentativa ou ameaça à democracia no Brasil. Eduardo Girão, do Podemos do Ceará, defendeu o movimento pacífico dos cidadãos contra o que chamou de autoritarismo do Judiciário. Uma manifestação pacífica com o objetivo de defender a liberdade de expressão para que nossos filhos e netos não passem por esses perrengues que a gente está passando aqui hoje com uma escalada autoritária desproporcional dos tribunais superiores do Brasil, especialmente o STF que vem barbarizando, tendo atitudes de intimidação com os cidadãos de bem. Já o senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, destacou que não podem ser admitidos atentados contra a democracia. Se manifestações forem democráticas, forem livres, não há nenhum tipo de problema. Se a manifestações passarem a ser arruaças contra a democracia, atentatórias ao Estado Democrático de Direito, quem assim promover deve responder diante da lei. É assim que se constrói e se estabelece um Estado Democrático de Direito, aquele em que prevalece o império da lei sobre as vontades individuais. E Marcos Rogério, do Democratas de Rondônia, disse que os protestos fortalecem a ordem constitucional. Nossa democracia está sendo fortalecida. Quando há um desequilíbrio entre os poderes é preciso repor a ordem constitucional. O poder judiciário não pode se sobrepor ao executivo ou ao legislativo. Quem legisla é o Congresso Nacional, quem governa é o chefe do executivo, o judiciário julga nos limites da lei e da Constituição. Repilo com todo o vigor procedimentos que fogem desses limites. Depois das manifestações do 7 de setembro, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que a defesa da democracia deve unir o Brasil e lembrou a importância do diálogo entre os Poderes da República. As sessões do Senado previstas para esta semana foram canceladas por questão de segurança. Da Rádio Senado, Raquel Teixeira.

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