Oposição vai tentar barrar privatização dos Correios no Senado — Rádio Senado
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Oposição vai tentar barrar privatização dos Correios no Senado

A oposição vai se mobilizar para derrubar o projeto que autoriza a privatização dos Correios, aprovado pela Câmara dos Deputados por 286 a 173 votos. Foi o que garantiu o líder do PT, senador Paulo Rocha (PT-PA). Para o senador, a privatização é desnecessária, já que a estatal tem apresentado lucro nos últimos balanços anuais, além de ser um patrimônio cultural do povo brasileiro.

06/08/2021, 19h17 - ATUALIZADO EM 06/08/2021, 19h17
Duração de áudio: 02:31
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Transcrição
CHEGOU AO SENADO O PROJETO QUE AUTORIZA A PRIVATIZAÇÃO DOS CORREIOS. O LÍDER DO PT, PAULO ROCHA, GARANTIU QUE A OPOSIÇÃO VAI SE MOBILIZAR PARA DERRUBAR A PROPOSTA APROVADA PELA CÂMARA. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA O projeto que autoriza a privatização dos serviços postais no Brasil chegou ao Senado, após ser aprovado na Câmara dos Deputados por 286 votos favoráveis a 173 contrários. O texto precisa ser aprovado até o fim de agosto para que a privatização dos Correios aconteça em abril de 2022, conforme calendário do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. O líder do PT, o senador pelo Pará Paulo Rocha, lembrou que o lucro da empresa, em 2020, foi de um bilhão e meio de reais, segundo o BNDES. Nós vamos naturalmente que nos mobilizar, dialogar com os vários líderes. E não tem necessidade, não só atende o interesse público, mas está gerando divisas para o país. Correio teve um lucro de um bilhão e meio, o mais recente. Não é adequado, não só o processo legislativo que o governo está implementando e não é justo, correto tratar o patrimônio público desta maneira. A estatal vem registrando resultados positivos nos balanços anuais desde 2017, mas acumulou prejuízo de quase 4 bilhões de reais entre 2013 e 2016. A empresa que comprar os Correios terá exclusividade por 5 anos dos serviços postais. Uma tarifa social foi incluída no texto pelos deputados para garantir a prestação deste serviço para aqueles que não possam pagar. Já a entrega de encomendas vai funcionar em regime privado e a empresa poderá definir as tarifas de acordo com um índice de reajuste que será previsto no contrato de concessão. O texto também proíbe o fechamento de agências em cidades isoladas que não são atrativas financeiramente. Para Paulo Rocha, a universalização dos serviços postais está prevista na Constituição e precisa ser respeitada.  E o interior do nosso país? Tem o Correio como instrumento fundamental da relação entre as pessoas. É o carteiro que traz as mensagens, traz as saudades do ente querido que está longe. Por isso vamos mobilizar derrubar esse projeto do governo que entrega não só nosso patrimônio público mas a própria cultura do nosso povo e da nossa gente. A proposta também garante estabilidade de 18 meses para os 98 mil funcionários da estatal. Será oferecido a eles um plano de demissão voluntária com indenização de 12 vezes a remuneração. Da Rádio Senado, Marcella Cunha. 

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