CPI vai analisar documentos durante recesso — Rádio Senado
CPI da Pandemia

CPI vai analisar documentos durante recesso

O vice-presidente da CPI da Pandemia, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), antecipou que mesmo durante o recesso parlamentar a oposição vai analisar as centenas de documentos, como quebras de sigilos e contrato. Já o senador Eduardo Girão (PODE-CE) espera que a CPI passe a investigar as denúncias de corrupção relacionadas a estados e municípios.

16/07/2021, 13h56 - ATUALIZADO EM 16/07/2021, 13h56
Duração de áudio: 02:46
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
COM O RECESSO PARLAMENTAR, A CPI DA PANDEMIA VAI RETOMAR OS DEPOIMENTOS NO DIA 3 DE AGOSTO. MAS SENADORES DA OPOSIÇÃO ANUNCIARAM QUE VÃO ANALISAR DOCUMENTOS NESTE PERÍODO DE DUAS SEMANAS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. Com a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2022, o Congresso Nacional entrou em recesso parlamentar até o dia 31 de julho. O vice-presidente da CPI da Pandemia, senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, explicou que a prorrogação dos trabalhos por mais 90 dias permite o intervalo de duas semanas nas investigações. Segundo Randolfe, nesse período não haverá sessão de depoimento ou de votações. Mas antecipou que nesses quinze dias os senadores da oposição vão analisar as centenas de documentos que já estão à disposição do colegiado, a exemplo de quebras de sigilos e cópias de contratos.   O presidente Rodrigo Pacheco leu o requerimento de prorrogação desta Comissão Parlamentar de Inquérito por mais 90 dias. A CPI continuará, a sua equipe técnica, trabalhando, atuando, analisando os documentos que já chegaram a esta CPI. A direção da CPI e os membros estarão de prontidão nessas duas semanas de recesso. Por força constitucional, após a LDO, o Congresso Nacional e as Comissões não podem funcionar. Nós retornaremos com as oitivas da Comissão Parlamentar de Inquérito na terça-feira, dia 3 de agosto. Já o senador Eduardo Girão, do Podemos do Ceará, fez um apelo para que a CPI possa se dedicar às denúncias de corrupção relacionadas a estados e municípios. Ele pediu que seja agendado o depoimento do ministro da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário, para falar sobre as investigações feitas pela CGU nos repasses para as secretarias estaduais e municipais de Saúde. Eduardo Girão cobra ainda uma apuração das suspeitas de compras superfaturas feitas pelo Consórcio Nordeste, que reúne governadores da região. Para que depois do recesso não cerre mais os olhos com relação ao Consórcio Nordeste. O Consórcio Nordeste é uma vergonha. As atitudes que a gente viu na compra dos 300 respiradores – e está sem a resposta, até hoje, que a gente já poderia ter dado ao povo brasileiro – é algo extremamente irresponsável. É ignorar, é simplesmente não dar a menor consideração a algo que representa quase R$50 milhões do povo brasileiro, especialmente do Nordeste, pagos antecipados da indústria da maconha. Os trabalhos da Comissão serão retomados no dia 3 de agosto. Desde sua instalação no dia 27 de abril, a CPI da Pandemia realizou 37 reuniões. A maioria destinada à oitiva de testemunhas. Com a prorrogação de três meses, as investigações vão se estender até o dia 05 de novembro. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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