A eficiência da comunicação no combate à pandemia foi debatida na comissão da Covid-19 — Rádio Senado
Audiência pública

A eficiência da comunicação no combate à pandemia foi debatida na comissão da Covid-19

A comissão que acompanha as ações de enfrentamento ao coronavírus discutiu nesta segunda-feira (5) as ações de comunicação adotadas pelo governo federal durante a pandemia. O relator Wellington Fagundes (PL-MT) lembrou que informações corretas contribuem para salvar vidas. Segundo o representante do Ministério das Comunicações, José Ricardo da Veiga, foram investidos R$400 milhões em campanhas, com informações sobre o vírus e orientações em casos de contágio.

05/07/2021, 14h09 - ATUALIZADO EM 05/07/2021, 19h49
Duração de áudio: 02:30
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
A COMISSÃO DA COVID-19 OUVIU ESPECIALISTAS SOBRE AS CAMPANHAS DE COMUNICAÇÃO PARA COMBATER A PANDEMIA E OS PROBLEMAS GERADOS PELA DESINFORMAÇÃO. APESAR DO INVESTIMENTO DE 400 MILHÕES EM PROPAGANDA, DEBATEDORES APONTAM QUE A ESTRATÉGIA DO GOVERNO FALHOU EM PREVENIR A DISSEMINAÇÃO DO VÍRUS. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA A comissão que acompanha as ações de enfrentamento ao coronavírus discutiu a eficiência das campanhas de comunicação adotadas pelo governo federal durante a pandemia e a desinformação causada pelo aumento das fake News. Para o relator da comissão, senador Wellington Fagundes, do PL de Mato Grosso, garantir que a população tenha informações corretas sobre o vírus é uma das principais formas de evitar o contágio.  Não se pode hoje em dia ignorar a importância da informação correta, da interpretação real dos fatos. Como ficou bem claro ao longo da pandemia, essas mesmas informações, corretas ou incorretas, reais ou imaginárias, também podem salvar vidas ou contribuir para a doença e também para a morte. Segundo o representante da Secretaria de Comunicação Social, José Ricardo da Veiga, o governo investiu R$ 400 milhões em campanhas publicitárias e orientações em casos de contaminação. É uma doença nova. Não conheço nenhum país que tenha tido conviccção sobre a pandemia, até porque todos foram tomados de assalto por um novo vírus que se comportava de forma diferente, não sabiam a extensão. E no caso do Governo brasileiro foram tomadas as medidas de comunicação para que os nossos cidadãos soubessem que era um vírus. E logo no início, em fevereiro do ano passado, para que tivesse o distanciamento seguro, o uso das ascaras, álcool gel, a limpeza das mãos.  Mas na opinião do fundador da consultoria política Arko Advice, Murillo de Aragão, o Brasil falhou na estratégia de comunicação com a sociedade. O Brasil não teve postura estratégica com relação ao problema, não se preparou para o agravamento da situação, apostou que a situação caminharia para melhorar naturalmente e isso nos custou, sem dúvida, milhares de mortos. Para Murillo, os principais problemas em relação ao enfrentamento da pandemia no Brasil incluem demora na reação das autoridades, descoordenação dentro dos governos e falta de mobilização para a produção nacional de vacinas. Também participaram do debate o diretor-adjunto da Abin, Frank de Oliveira; o presidente da Associação Brasileira de Imprensa, Paulo Jerônimo de Sousa; e a secretária de Comunicação do Amazonas, Josicleia Nogueira.

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