Pesquisadores apontam pelo menos 120 mil mortes evitáveis no primeiro ano da pandemia

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LOC: PESQUISADORES JUREMA WERNECK E PEDRO HALLAL APONTAM PELO MENOS 120 MIL MORTES EVITÁVEIS NO PRIMEIRO ANO DA PANDEMIA E ATÉ 400 MIL MORTES EVITÁVEIS SE O BRASIL ESTIVESSE NA MÉDIA MUNDIAL. REPÓRTER RODRIGO RESENDE. (Repórter) Jurema Werneck, diretora-executiva da Anistia Internacional e Coordenadora do Movimento Alerta, apresentou dados do estudo “Mortes Evitáveis por Covid no Brasil” que mostram um excesso de mortes evitáveis de pelo menos 120 mil no primeiro ano da pandemia. Jurema ainda ressalta que os óbitos atingem em maior número as classes sociais mais baixas: (Jurema Werneck) O que essas informações atestam é que as desigualdades estruturais tiveram influência sobre as altas taxas de mortalidade. E quando a gente cruza, não é? Com diferentes marcadores, a gente vê que a maioria das pessoas que morreram no Brasil eram negras, eram indígenas, eram pessoas de baixa renda e de baixa escolaridade. (Repórter) O pesquisador e epidemiologista da Universidade Federal de Pelotas, Pedro Hallal, ressaltou os números recentes da pandemia no Brasil: (Pedro Hallal) Esse é um dado que é estarrecedor, mas todas as vezes ele precisa ser mostrado. O Brasil tem dois vírgula sete por cento da população mundial. E desde o começo da pandemia, o Brasil concentra praticamente treze por cento das mortes por covid no mundo. No dia de ontem, senhores senadores, senhoras e senadoras, uma de cada três pessoas que morreram por covid no mundo foi no Brasil, trinta e três por cento das mortes por covid no planeta Terra, ontem, aconteceram no, no país, que tem dois vírgula sete por cento da população mundial. Portanto, é tranquilo de se afirmar que quatro de cada cinco mortes no Brasil, estão em excesso, considerando o tamanho da nossa população. (Repórter) Pedro Hallal afirmou ainda que entre 95 e 145 mil mortes causadas pela Covid aconteceram pela demora em comprar as vacinas.