CPI quebra sigilos de ex-ministros do governo Bolsonaro e de integrantes do 'gabinete paralelo' — Rádio Senado
CPI da Pandemia

CPI quebra sigilos de ex-ministros do governo Bolsonaro e de integrantes do 'gabinete paralelo'

A CPI da Pandemia aprovou diversas quebras de sigilos telefônico e telemático, entre elas, as dos ex-ministros Eduardo Pazuello (Saúde) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores), e de pessoas do chamado gabinete paralelo, como o empresário Carlos Wizard. O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) disse que o acesso aos sigilos de agências de publicidade contratadas pelo governo deve revelar investimentos na promoção do tratamento precoce. Já o senador Marcos Rogério (DEM-RO) acusou a CPI de bisbilhotar a vida de pessoas não ouvidas pela Comissão. Também foram aprovadas a convocação do ministro da Controladoria Geral da União, Wagner Rosário, e dezenas de pedidos de informações.  

10/06/2021, 16h29 - ATUALIZADO EM 10/06/2021, 16h33
Duração de áudio: 02:48
Agência Senado

Transcrição
LOC: A CPI DA PANDEMIA APROVOU A QUEBRA DE SIGILOS DE EX-MINISTROS E DE AGÊNCIAS DE PUBLICIDADE QUE PRESTAM SERVIÇO AO PALÁCIO DO PLANALTO. LOC: TAMBÉM FOI CONVOCADO O MINISTRO DA CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN TÉC: Os integrantes da CPI da Pandemia aprovaram a quebra dos sigilos telefônico e telemático dos ex-ministros da Saúde, Eduardo Pazuello, e das Relações Exteriores, Ernesto Araújo; do ex-secretário-executivo Élcio Franco; dos secretários do Ministério da Saúde: Mayra Pinheiro; Francieli Fantinato; Arnaldo Medeiros e Hélio Angotti, e da servidora contrária ao tratamento precoce, Camile Sachetti. Também estão na lista os ex-assessores de Pazuello: Zozer de Araújo e Flávio Werneck, além dos representantes da Precisa Medicamentos, responsável pela venda da vacina indiana covaxin, Francisco Maximiano e Túlio Silveira. A Comissão também vai analisar os telefonemas, mensagens e localização de pessoas que fariam parte do chamado gabinete paralelo: o assessor da Presidência da República, Filipe Martins; o empresário Carlos Wizard; e os médicos Paolo Zanotto e Luciano Azevedo. A CPI também terá acesso aos dados telefônicos do auditor do Tribunal de Contas da União, Alexandre Figueiredo, autor de um relatório paralelo que questiona o número de mortos por covid-19. O senador Alessandro Vieira, do Cidadania de Sergipe, destacou ainda a quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático de três agências de publicidade que prestam serviços para o Palácio do Planalto: PPR, Calya/Y2 e Artplan Comunicação. (Alessandro) A quebra de sigilo dessas empresas tem o objetivo de identificar possíveis repasses que tenham financiado e estimulado a desinformação dos brasileiros, a disseminação de fake News no sentido de eventuais medicamentos ou tratamentos que não têm base científica e acabaram prejudicando a saúde das pessoas. Esse é o primeiro passo que esses requerimentos tentam atender. REP: O senador Marcos Rogério, do Democratas de Rondônia, questionou a aprovação das quebras de sigilos. (Marcos) É lamentável que é CPI tenha pego um atalho para buscar a quebra de sigilo de pessoas que sequer foram ouvidas no âmbito da CPI. Toda quebra de sigilo precisa ser devidamente fundamentada. Você está lidando com uma garantia constitucional de qualquer pessoa. Você não pode determinar a quebra de sigilo para bisbilhotar a vida das pessoas aleatoriamente. REP: A CPI também aprovou a convocação do ministro da Controladoria Geral da União, Wagner Rosário, e dezenas de pedidos de informações relacionadas à compra de vacinas, da venda do chamado kit-covid de medicamentos sem eficácia comprovada, de relatórios de inteligência sobre a pandemia e de reuniões no Palácio do Planalto. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

Ao vivo
00:0000:00