Representantes do setor de bares e restaurantes querem retomada de atividades e socorro para pagar dívidas — Rádio Senado
Audiência pública

Representantes do setor de bares e restaurantes querem retomada de atividades e socorro para pagar dívidas

Em debate na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo, nesta segunda-feira (7), representantes do setor de bares e restaurantes queixaram-se do foco das medidas restritivas dos estados e municípios e disseram que o fechamento dos estabelecimentos não é eficaz para reduzir o contágio. Desde o início da pandemia, 335 mil estabelecimentos fecharam e mais de um milhão de pessoas perderam o emprego.

08/06/2021, 10h12 - ATUALIZADO EM 08/06/2021, 10h12
Duração de áudio: 02:10
stockphotos/diretos reservados

Transcrição
LOC: SETOR DE BARES E RESTAURANTES QUER PROGRAMAÇÃO PARA RETOMADA DE ATIVIDADES E SOCORRO PARA PAGAR DÍVIDAS ACUMULADAS PELOS LOCKDOWNS. LOC: DESDE O INÍCIO DA PANDEMIA, MAIS DE TREZENTOS MIL ESTABELECIMENTOS FECHARAM E UM MILHÃO E TREZENTAS MIL PESSOAS PERDERAM O EMPREGO. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. (Repórter) Com os lockdowns, o ramo de bares e restaurantes acumula prejuízos. Desde o início da pandemia, 335 mil empresas fecharam as portas e um milhão e 300 mil pessoas perderam o emprego. Graco Miranda, diretor da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação, se queixou do foco das medidas restritivas dos estados e municípios sobre a atividade, e disse que o fechamento dos estabelecimentos não é eficaz para reduzir o contágio. (Graco Miranda) Nos 27 estados, todas as vezes que é implantada uma medida restritiva, se a curva era ascendente e nós fomos fechados, mesmo após os 14 dias, essa curva continuou ascendente, o que pra nós deixa muito claro que o nosso segmento não é o causador, não é o vilão, não influencia nas taxas de contágio nem tampouco nas taxas de ocupação de leitos. (Repórter) Segundo Paulo Solmucci, da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, os empreendedores acumulam dívidas com financiamentos, fornecedores e impostos, e a expectativa de recuperação é de dois a cinco anos. Ele disse que além de socorro para pagar as dívidas tributárias, quem saiu do ramo precisa de ajuda para limpar o nome e retomar a atividade. (Paulo Solmucci) Não estamos falando de ninguém que cometeu um erro empresarial, nós estamos falando de pessoas que foram pelo Estado levadas a uma situação de falência. Então nós temos que ter uma atenção muito especial pra isso porque senão nós vamos perder uma geração de empreendedores no Brasil. (Repórter) O presidente da Comissão de Desenvolvimento Regional, Fernando Collor, do PROS de Alagoas, lembrou que para facilitar essa volta ao mundo dos negócios, o Congresso está analisando o marco legal do reemprendedorismo, em análise na Câmara. Ele demonstrou apoio a condições especiais para quitar dívidas tributárias. (Fernando Collor) Tem que se optar em algum momento. Vai se optar em pagar o fornecedor e pagar os seus colaboradores ou pagar o seu imposto? Então naturalmente vai pagar o fornecedor e vai pagar os colaboradores para não desempregar e para continuar mantendo o seu negócio. (Repórter) Os especialistas também pediram uma alternativa ao pagamento de gorjetas, alertando que a queda na renda durante a paralisação provocou uma grande migração de mão de obra para outras atividades, em especial a construção civil.

Ao vivo
00:0000:00