Pazuello afirma que TrateCov era protótipo e ataque hacker deixou o aplicativo disponível; senadores contestam
Ao ser questionado sobre a plataforma TrateCov, aplicativo feito pelo Ministério da Saúde para, segundo Eduardo Pazuello, auxiliar o diagnóstico médico, o ex-ministro afirmou que tratava-se de um protótipo e que um ataque hacker fez com que a plataforma ficasse disponível. O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) citou documento de 06 de janeiro assinado por Pazuello que permitia a disponibilização do TrateCov.
Transcrição
LOC: PAZUELLO AFIRMA QUE PLATAFORMA TRATECOV ERA UM PROTÓTIPO E QUE ATAQUE HACKER DEIXOU O APLICATIVO DISPONÍVEL.
LOC: SENADORES QUESTIONAM E CITAM DOCUMENTO DE 06 DE JANEIRO ASSINADO POR PAZUELLO E REPORTAGEM SOBRE LANÇAMENTO DO APLICATIVO NA TV BRASIL. REPÓRTER RODRIGO RESENDE.
TÉC: Ao tratar da plataforma TrateCov, aplicativo feito pelo Ministério da Saúde para, segundo Eduardo Pazuello, auxiliar o diagnóstico médico e lançado em Manaus, o ex-ministro da saúde afirmou que aconteceu um ataque hacker e aí sim a plataforma ficou disponível:
(Pazuello e Braga): existe um boletim de ocorrência, uma investigação que chega nessa pessoa. Ele foi descoberto, ele pegou esse diagnóstico, botou, alterou com, com dados lá dentro, e colocou na rede pública. Quem colocou foi ele, tentou no boletim de ocorrência, eu vou disponibilizar. Essa é mais uma revelação da CPI. Isso aí Nem o povo amazonense, nem o povo brasileiro sabia. Uma plataforma programa, um software que deveria ser para tratamento. Ele foi, ele foi roubado, hackeado, manipulado. O dia que nós descobrimos que ele foi hackeado, eu mandei tirar do ar imediatamente.
(REP) O senador Alessandro Vieira, do Cidadania de Sergipe, citou documento de 06 de janeiro assinado por Pazuello sobre a disponibilização do TrateCov:
(Alessandro) É só um pequeno esclarecimento e se não tá juntada a CPI, pedir ajuntada, eu tenho aqui um documento datado de seis de janeiro de dois mil e vinte e um, assinado por vossa excelência, ex-ministro general Eduardo Pazuello, onde estabelece entre as ações a ser desencadeadas no estado do Amazonas, no item E, a do aplicativo desenvolvido para diagnóstico. No dia seis de janeiro, a determinação de vossa excelência, formalizada em documento, era que o aplicativo fosse desenvolvido, não em desenvolvimento, fosse disponibilizado. Isso são fatos.
(REP) O presidente da CPI, Omar Aziz, lembrou que a versão que circulou do aplicativo recomendava remédios como cloroquina para gestantes e crianças e ressaltou que aconteceu uma matéria na TV Brasil sobre o lançamento da plataforma:
(Omar) Esse programa que o ministro Pazuello fala que foi hackeado, ele foi hackeado e colocado na TV Brasil pra vocês terem uma ideia. Na TV Brasil, hein? O hacker é tão bom que ele conseguiu colocar o programa, uma matéria extensa na TV Brasil.
(REP) Segundo Pazuello a ideia do TrateCov foi da secretária do Ministério da Saúde Mayra Pinheiro, que ainda será ouvida na CPI. Da Rádio Senado, Rodrigo Resende.