Ex-ministro e senadores discordam sobre datas de falta de oxigênio no Amazonas
Os senadores da CPI da Pandemia e o ex-ministro da saúde Eduardo Pazuello discordaram sobre o momento de falta e da distribuição de oxigênio em Manaus. O general presta depoimento na comissão nesta quarta-feira (19).
Transcrição
LOC: OS SENADORES DA CPI DA PANDEMIA E O EX-MINISTRO EDUARDO PAZUELLO DISCORDARAM SOBRE O MOMENTO DE FALTA E DA DISTRIBUIÇÃO DE OXIGÊNIO EM MANAUS. REPÓRTER RODRIGO RESENDE.
TÉC: O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello afirmou que soube da crise do oxigênio em Manaus no dia 10 de janeiro e que só houve três dias de queda de estoque do produto por parte da empresa que distribui o recurso ao Estado:
(Pazuello) E esse estoque ele vai se encerrar no dia treze. É quando acontece de treze pra catorze e de catorze pra quinze. Uma queda de mais ou menos vinte por cento do da demanda e do consumo do estado.
(REP) Mas Pazuello foi contestado pelo senador Eduardo Braga, do MDB do Amazonas, que apontou mais dias de falta do recurso:
(Braga e Pazuello) Do dia dez ao dia vinte, passaram-se dez dias morrendo em média duzentas pessoas por dia no Amazonas. Foram dois mil amazonenses que morreram. Nós poderíamos ter colocado aquele oxigênio, ministro. E o que nós queremos saber é o seguinte, faltou dinheiro ao governo do Estado pra fazer isso? Não. Faltou vontade política do governo federal em fazer isso? Não. E por que que não fez? Por que que não deu as informações ao ministro Ernesto Araújo para que o avião dos Estados Unidos pudesse ter ido à Venezuela buscar o oxigênio e levar para o Amazonas pra salvar vidas? É pro povo brasileiro quer saber. Quer saber.
(REP) Pazzuelo afirmou que o Ministério da Saúde não fez nenhum tipo de agradecimento à Venezuela pela doação de oxigênio ao Amazonas. Da Rádio Senado, Rodrigo Resende.