Ernesto Araújo nega confrontação com a China e alinhamento automático com os Estados Unidos — Rádio Senado
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Ernesto Araújo nega confrontação com a China e alinhamento automático com os Estados Unidos

O relator da CPI da Pandemia, senador Renan Calheiros (MDB-AL), questionou o ex-ministro Ernesto Araújo sobre a relação do Brasil com os Estados Unidos e também com a China. Renan quis saber como essas relações influenciaram no combate ao coronavírus no país. O ex-chanceler negou confrontação com a China e alinhamento automático com os Estados Unidos. Ernesto Araújo presta depoimento da CPI nesta terça-feira (18).

18/05/2021, 10h43 - ATUALIZADO EM 18/05/2021, 10h43
Duração de áudio: 02:09
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Transcrição
LOC: O RELATOR DA CPI DA PANDEMIA, SENADOR RENAN CALHEIROS, DO MDB DE ALAGOAS, QUESTIONOU AO EX-CHANCELER ERNESTO ARAÚJO SOBRE O IMPACTO NO COMBATE AO CORONAVÍRUS NO PAÍS DAS RELAÇÕES BRASILEIRAS COM OS ESTADOS UNIDOS E COM A CHINA. REPÓRTER RODRIGO RESENDE. (Repórter) O relator da CPI da Pandemia, senador Renan Calheiros, do MDB de Alagoas, questionou ao ex-ministro Ernesto Araújo sobre a relação do Brasil com os Estados Unidos e com a China e como essas relações influenciaram no combate ao coronavírus no país: (Renan Calheiros) Ministro, já em seu discurso de posse, vossa senhoria sinalizou que o governo Bolsonaro optaria por mudanças significativas na orientação da política externa brasileira. Desse modo, foi evidente o alinhamento com o governo de Donald Trump em detrimento de relações multilaterais nas quais crescia o protagonismo brasileiro. Testemunhamos atritos diplomáticos e políticos com a China. Inclusive durante a pandemia quando parece ter difundido entre os integrantes do governo a ideia do vírus chinês. Expressão cunhada pelo então presidente norte-americano. Diante disso, questionamos. De que maneira essa nova política externa impactou as negociações para a são de imunizantes contra Covid-19 pelo Brasil? (Repórter) Ernesto Araújo ressaltou que não houve em sua passagem pelo Itamaraty atritos com a China: (Ernesto Araújo) Não, jamais promovi nenhum atrito com a China, seja antes, seja durante a pandemia. De modo que os resultados que nós obtivemos durante a epidemia, na consecução de vacinas, e outros em outros aspectos, eles correm de uma política externa que foi implementada de acordo com nossos objetivos, mas que não era uma política de alinhamento automático, como se diz, com os Estados Unidos, nenhuma política antimultilateral, ficou claro isso, a nossa participação na Covax. E nenhuma política de enfrentamento com a China. (Repórter) Ernesto Araújo afirmou que a proximidade com o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump não prejudica o país nas negociações com o atual presidente, Joe Biden.

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